A auxiliar de serviços
gerais Claudia Ferreira da Silva, de 38 anos, já estava sendo arrastada por
pelo menos cem metros antes de um cinegrafista amador ter filmado a viatura da
PM com o porta-malas aberto com Claudia pendurada no para-choque por um pedaço
de roupa.
Em novo vídeo obtido pelo EXTRA, fica comprovado que a vítima andou
desta forma por pelo menos 350 metros, na Estrada Intendente Magalhães, na Zona
Norte. Três militares do 9º BPM (Rocha Miranda) estão presos e serão levados,
depois de prestarem depoimento, para Bangu 8.
A câmera que flagra as
imagens está em uma concessionária. No vídeo, a viatura passa em alta
velocidade, com a mulher já pendurada no porta-malas. No final da gravação, é
possível ver um rastro de sangue na pista. Ontem, mais de 100 pessoas
acompanharam o enterro do corpo da auxiliar, no Cemitério de Irajá.
— Colocaram ela na mala
igual cachorro. Mataram a minha mãe no meio do caminho — emocionou-se uma das
filhas, Thais Silva, de 18 anos.
— Nem o pior traficante
do mundo merecia um tratamento desses. Se eles arrastassem mais um pouco, só
aparecia o osso dela — desabafou o marido de Claudia, o vigia Alexandre
Fernandes.
Quando foi chamado para ver o corpo da esposa, anteontem, Alexandre não entendeu a quantidade de hematomas. Já no Hospital Carlos Chagas, após ter recebido a notícia de que a auxiliar de serviços gerais não resistiu aos ferimentos, ele identificou uma série de arranhões espalhados pelo corpo da vítima.
Segundo o vigia, os
funcionários do Hospital Carlos Chagas só informaram da morte de Claudia após
os PMs terem saído da unidade. Quando chegou ao hospital, ele foi informado
apenas de que a esposa estava internada no CTI. Ela, entretanto, já chegou
morta ao local. Alexandre reclama ainda da insistência dos PMs em afirmarem que
houve uma troca de tiros antes da moradora ser alvejada. Segundo ele, todos os
vizinhos afirmam que nenhum tiro foi trocado.
— Os policiais se
amedrontaram com seis reais e um copo de café, que era o que ela tinha nas
mãos. Todo mundo viu que não houve tiroteio. Tanto que a comunidade desceu na
mesma hora para protestar. Se tivesse troca de tiros, ela teria sido alvejada
na frente e atrás — explicou.
Por meio de nota, o
secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que repudia a conduta
dos policiais. Os sub-tenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, e
o sargento Alex Sandro da Silva Alves foram autuados pela 2ª Delegacia de
Polícia Judiciária Militar pelo artigo 324 do Código Penal Militar (deixar, no
exercício de função, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa
direta à prática de ato prejudicial à administração militar).
Fonte: Extra Online
OPINIÃO
Levou um tiro de fuzil e ainda a arrastaram asfalto afora e tiveram a cara de pau de dizer que morreu no hospital? façam mil favor, já chegaram com a mãe de família morta, brutalmente! Essa e a policia brasileira!!!
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