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PORTELA Show de Carnaval

O post de hoje e uma homenagem a escola de samba Portela.

domingo, 24 de abril de 2016

Temer tenta barra proposta de nova eleição para presidente.



Protocolado no Senado na terça-feira, o projeto para antecipar as eleições presidenciais em meio ao andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff abriu novo capítulo na guerra entre governo e oposição. A proposta de emenda à Constituição (PEC) assinada por parlamentares de 10 partidos prevê disputa pelo Palácio do Planalto em outubro deste ano simultaneamente à votação para prefeito e vereador.

O projeto ganhou força depois de a Câmara ter aprovado, com apoio da bancada do PMDB, a admissibilidade do processo de afastamento de Dilma. O grupo de seis senadores que encaminhou a PEC argumenta que, em caso de impeachment, faltaria legitimidade ao vice Michel Temer (PMDB) para envergar a faixa presidencial sem ter sido escolhido pelos brasileiros para o cargo. Os novos governantes eleitos teriam mandato de dois anos, até o fim de 2018, em uma tentativa de conciliar o país diante dos baixos índices de popularidade de Dilma e Temer.

— Essa PEC só tem sentido se houver apoio popular e se a presidente concordar em antecipar o mandato em dois anos em nome da unidade nacional — observa o senador Paulo Paim (PT-RS), um dos autores da iniciativa.

Diante da possibilidade de a proposta tomar corpo no Congresso, Temer, que já monta uma equipe de governo para substituir o grupo de Dilma, desencadeou uma operação para derrubar a possibilidade de antecipação do pleito. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) trabalha para retardar o avanço da PEC. Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) classifica o projeto como "invenção" de petistas:

— Não há chance de essa PEC passar. Seria verdadeiro golpe, porque o impeachment é constitucional e prevê que o vice assuma.

Diante da crise política, nas últimas semanas, outros líderes passaram a defender novas eleições, entre eles as ex-candidatas Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Não há unanimidade entre especialistas. O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito Rio Thomaz Pereira defendeu, em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, a constitucionalidade do projeto. "É possível convocar novas eleições sem violar esse limite (de interferência entre Poderes) desde que se tenha o apoio do próprio Executivo. Idealmente, a proposta de emenda partiria da presidente, mas seu apoio formal a uma emenda já proposta pelo Legislativo também ajudaria a enfraquecer alegações desse tipo", escreveu.

Fonte: ZeroHora

OPINIÃO

Dadas as circunstâncias, se é para Dilma sair então que nova eleição para Presidente seja realizada, nada de golpista assumir a presidência na marra!

Por Uanderson de Aquino

O drama das 61 milhões de crianças que crescem sem seus pais na China



São, ao todo, mais de 60 milhões de meninos e meninas.

Conhecidas como crianças "deixadas para trás", elas não foram abandonadas. Mas foram deixadas sob os cuidados de familiares, geralmente avós, porque os pais trocaram os campos pelas cidades. No entanto, nem todas têm a mesma sorte.

A BBC visitou umas das regiões mais remotas da China.

Ali vivem Tao Lan, de 14 anos, e seu irmão menor. Além de ajudá-lo com seu dever de casa, a adolescente se encarrega das tarefas domésticas e de cultivar uma parte dos alimentos que consome, pois os dois vivem sozinhos.

Os pais moram em outra parte da China e vão visitá-los uma vez por ano.

Questionada pela BBC sobre a dificuldade de viver longe dos pais, Lan diz não querer preocupá-los. "Não posso contar a eles sobre os meus problemas porque minha mãe e meu pai levam uma vida dura. Não quero que eles se preocupem por mim." Em seguida, a menina começa a chorar.

Em algumas escolas, até 80% dos alunos crescem sem ter os pais ao lado.

Após registrar um crescimento econômico de dois dígitos, a China se expandiu graças ao aporte à saída de milhões de trabalhadores em direção às zonas urbanas.

Mas foram as crianças quem pagaram o preço dessa transição, dizem especialistas.

Trata-se de um problema social que o Partido Comunista fez pouco para solucionar. E que começou após a dramática transformação da China que deixou seu passado agrário para abraçar um presente industrial.

A reportagem da BBC visitou outro lugar na zona rural, onde moram Tang Yuwen, de 11 anos, seu irmão, dois primos e sua avó.

"Meus pais não moram conosco. Trabalham em outra cidade, em fábricas costurando roupa. Sei que eles trabalham duro para ganhar dinheiro, mas sinto muita saudade deles. É muito doloroso", disse o menino.

Na fábrica, o pai de Yuwen está sentado em frente a uma máquina de costura. Apesar de anos trabalhando na linha de produção, é quase impossível que ele deixe o status oficial de imigrante dentro de seu próprio país.

Assim como milhões de crianças, seus filhos não podem frequentar as aulas das escolas na localidade onde ele e sua mulher trabalham.

Enquanto almoçam, a reportagem da BBC lhes mostrou a entrevista que havia feito com o filho deles, a vários quilômetros de distância.

Fonte: BBC

Analistas divergem sobre posição dos EUA em relação a impeachment

No embate entre governo e oposição sobre a narrativa do impeachment de Dilma Rousseff, os Estados Unidos ganharam papel de destaque nesta semana, com visitas dos dois lados, incluindo da própria presidente, que discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas na sexta-feira (22).

A posição oficial do governo americano é de neutralidade. Mas analistas ouvidos pela BBC Brasil divergem em suas avaliações sobre a reação de Washington à crise brasileira.
O economista Mark Weisbrot, codiretor do Center for Economic and Policy Research, centro de estudos econômicos de tendência de esquerda, vê sinais de apoio à oposição.

Ele cita o encontro entre o ex-embaixador americano no Brasil e atual subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado, Thomas Shannon, e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que visitou Washington no início da semana.

"Esse encontro é um forte sinal de que eles (o governo americano) apoiam a oposição e o impeachment”, disse Weisbrot à BBC Brasil.

O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, salientou que o encontro já estava agendado há meses e não tem relação com a votação do impeachment no último domingo na Câmara dos Deputados.

Em entrevista à BBC Brasil no início da semana, Nunes também ressaltou que a visita já estava programada, mas revelou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) lhe telefonou na véspera da viagem pedindo ajuda para rebater a tese de que haveria "um golpe" em curso no Brasil.
Weisbrot destaca que Shannon é a autoridade mais influente no Departamento de Estado em relação a assuntos latino-americanos e diz que o fato de a reunião ter sido marcada antes da votação do impeachment "não significa nada".

"Não há qualquer protocolo que diga que Shannon teria de se encontrar com ele (Nunes) neste momento em particular. Ele poderia ter dado qualquer desculpa, é o número três no Departamento de Estado, é um cara ocupado", observa.

Mas o cientista político Matthew Taylor, analista do Council on Foreign Relations e professor da American University, em Washington, discorda da avaliação.

"É comum que autoridades em visita aos Estados Unidos se encontrem com pessoas como Shannon. Não vejo isso como sinal de nada", disse Taylor à BBC Brasil.

"O governo americano tem sido cauteloso em não escolher lados na política interna do Brasil neste caso em particular. Acho que se reunirão com figuras importantes seja de oposição ou governo, como cortesia", afirma Taylor, que é co-editor do livro Corrupção e Democracia no Brasil.

Weisbrot cita as reações de Washington a outras crises na América Latina, como as que tiraram do poder os presidentes de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, e do Paraguai, Fernando Lugo, em 2012.

"(Os Estados Unidos) querem se livrar de todos os governos de esquerda da região. E é apenas questão de crimes de oportunidade. Conseguiram em Honduras, no Paraguai. Tentaram várias vezes na Venezuela", diz.

"Têm um objetivo muito simples, que é ter governos que façam o que os Estados Unidos dizem, principalmente em política externa", afirma.
Taylor, porém, diz que o governo americano não seria "tão ingênuo de pensar que se livrar da esquerda é a melhor opção" no caso da crise brasileira.

"Acho que há um argumento de interesse nacional para os Estados Unidos, de que não está claro que um dos lados seria preferível ao outro", observa.
Taylor ressalta que, na visão americana, um governo do PMDB enfraquecido não seria melhor que um governo de esquerda liderado pelo PT.

"Os Estados Unidos sabem com quem estão lidando, com que sistema político estão lidando. Em um sistema de coalizão, como no Brasil, em que nenhum partido tem clara maioria, seria temerário favorecer um partido."

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160423_brasilianistas_impeachment_eua_ac_if

sexta-feira, 15 de abril de 2016

‘NYT’ ressalta que Dilma é alvo de deputados envolvidos em escândalos



O jornal americano “New York Times” publicou, na quinta-feira, uma reportagem sobre a crise política brasileira na qual situa como alvos de processos criminais as principais lideranças do processo de impeachment. “Dilma Rousseff é alvo no Brasil de deputados que encaram seus próprios escândalos”, diz o título da publicação, em tradução livre. O jornal sustenta que recaem sobre a maioria dos parlamentares que pedem a destituição acusações de corrupção, fraude eleitoral e violação dos direitos humanos — o que levantaria o debate sobre a hipocrisia na política brasileira. 

No texto, o NYT considera inegáveis o escândalo de corrupção ao qual o PT se envolveu, “a pior crise econômica em décadas” e as “regulares manifestações” nas ruas contra a presidente. Ressalta, no entanto, que no pedido de impeachment a ser votado no domingo não constam denúncias de corrupção, mas sim manobras contábeis para “encobrir buracos no orçamento”.

Logo no começo da reportagem, Paulo Maluf desponta como acusado nos Estados Unidos por desviar US$ 11,6 milhões. Maluf, que integra a lista de procurados da Interpol, é descrito como alguém “tão envolto em esquemas ilegais” que os próprios apoiadores do deputado federal criaram o slogan “Rouba mas faz”. Ainda assim, diz o jornal, ele se diz tão cansado da corrupção e revoltado com a negociação de cargos do governo federal em troca de apoio que votará a favor do impeachment. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é considerado o “poderoso líder do processo” pelo NYT, que citou o julgamento do deputado no STF por lavagem de dinheiro de cerca de US$ 40 milhões recebidos supostamente como propina.

Renan Calheiros, presidente do Senado, tem elencadas a acusação de evasão fiscal e a investigação de envolvimento no esquema de propinas da Estatal petroleira. O vice-presidente, Michel Temer, que assume o posto de Dilma caso a destituição seja aprovada, tampouco é poupado: está envolvido em uma compra ilegal de etanol. O NYT ainda cita o oposiconista Éder Mauro, acusado de tortura e extorsão quando era policial em Belém, no Pará. Beto Mansur, por sua vez, aparece no texto por responder às “condições deploráveis em que manteve 46 trabalhadores de suas fazendas em Goiás”, algo parecido com “escravos dos dias de hoje”.

De acordo com o jornal, Dilma “é raridade” na cena política brasileira: não foi acusada pessoalmente de corrupção. Os jornalistas Simon Romero e Vinod Sreeharsha, que assinam a história, citam o Portal da Transparência, segundo o qual 60% dos 594 parlamentares do país lidam com “sérias acusações”, como suborno, fraude eleitoral, desmatamento ilegal, sequestro e homicídio. Quase diariamente, conta o periódico, procuradores descobrem mais sobre esquemas corruptos de aliados e opositores da presidente, em especial no escândalo de propinas da Petrobrás.

O histórico dos líderes do processo de impeachment, conta o NYT, levaria brasileiros a crer que o impeachment seria mais uma tentativa de passar o poder às mãos de “deputados de histórico questionável”, menos uma resposta às denúncias que pesam sobre a administração federal. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, corrobora essa visão: segundo ele, outros presidentes tomaram as mesmas medidas orçamentárias, mas políticos brasileiros têm tratado a questão de forma diferente desta vez. “As acusações não dizem respeito a crimes, mas a má administração”, sustenta Almagro, que disse temer pela credibilidade de alguns deputados que votarão o impeachment.

O jornal ressalta que a debandada de partidos da base política de Dilma nesta semana acentuou a vulnerabilidade do governo, que perdeu a ação no STF para barrar o processo sob o argumento de o direito de defesa de Dilma Rousseff não havia sido plenamente respeitado.

Fonte: