Rio - O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta segunda-feira, de uma
megamanifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Lapa, no
Centro do Rio. Sob os gritos de "Fora Cunha" e "não vai ter
golpe", diversos artistas, intelectuais e ex-ministros lotaram
a Fundição Progresso para a leitura do manifesto a favor da democracia,
como os cantores Chico Buarque e Beth Carvalho, e o ator Gregório Duvivier. Em
seguida, o planejado é que todos sigam até os Arcos da Lapa, onde foi
montado um palanque, por volta de 19h.
O cantor Tico Santa
Cruz, que costuma fazer publicações sobre política no seu Facebook, afirmou que
muitas pessoas se aproveitam desse momento de crise do país para "tomar
medidas que são preocupantes". "Acho que a gente tem que se
movimentar para evitar que essas medidas sejam tomadas sem o aval da população.
O ato é importante para colocar todo mundo a par disso", explicou.
Outro artista que está
presente no ato é o ator Antônio Pitanga. Ele disse que os brasileiros, mesmo
que não tenham passado pela ditadura militar, e que tenham "o mínimo de
consciência da história", participam do protesto a favor da democracia.
"Eu vivi esse
movimento com Getúlio Vargas, com Jango. Hoje não tem cadáver, não tem crime
jurídico. É um movimento orquestrado pelos meios de comunicação, pelos
institutos de pesquisa, pelos empresários que ganharam muito dinheiro com o
governo Lula e agora estão nos enfiando uma faca nas costas", afirmou o
ator.
Assim como Pitanga, a
atriz Tassia Camargo reforçou que o impeachment não é legal e, portanto,
"não vai ter golpe". "É assustador, porque têm pessoas que viram
amigos sendo torturados e estão agora a favor do impeachment. Não sabem que se
Dilma e Michel Temer saírem, quem entra é Eduardo Cunha. Até ter outra votação,
terá intervenção militar. Isso é muito grave", ressaltou.
Fonte: O Dia
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