A enfermagem se prepara
mais uma vez para sair as ruas afim de reivindicar as 30 horas semanais para a
categoria profissional. São trabalhadores que possuem uma carga horária exaustiva
aliada ao trabalho que requer atenção e vigor físico.
A categoria já teve
algumas vitórias pelas trinta horas, Tanto o estado do Rio, quanto o município já
garantiram às 30 horas semanais. Porem em esfera federal ainda e encontrado resistência,
sob justificativa de aumento de gastos.
Às trinta horas
semanais será uma grande conquista para a enfermagem pois ela possibilita um
descanso entre jornada de trabalho ao profissional, além disso exigira a
contratação de mais profissionais o que possibilitara geração de empregos para
uma categoria profissional já saturada no mercado.
A cada dia novas
escolas técnicas de enfermagem se abrem, assim como novos cursos superiores nas
faculdades, jogando para o mercado, mais profissionais que não consegue absorve-los.
Aquele jargão que dizia: “ não falta
emprego para enfermagem”, ou “não existe enfermeiro desempregado” já é coisa
batida.
Alias a enfermagem
nesse aspecto é uma profissão cruel para os recém formados especificamente para
os enfermeiros. Mal ou bem, os técnicos ainda encontram hospitais ate de grande
porte, como a Rede Dor que contratam técnicos de enfermagem mesmo sem experiência,
num programa chamado “meu primeiro emprego”.
Já os enfermeiros recém
formados não têm essa mesma sorte, penam para conseguir entrar no mercado de
trabalho que para esses profissionais exigi-se experiência anterior. Para os
enfermeiros recém formados que já foram técnicos
é mais fácil justamente por terem essa experiência como técnicos que alguns
hospitais aceitam.
Já os recém formados
que não foram técnicos, só entram no mercado se passarem em algum concurso ou
tiver sorte de arrumar algum “pistolão”. Eu me encontro nesse grupo que entrou
na faculdade de enfermagem sem ter feito técnico, se baseando no que diziam
sobre a profissão, como: “há não tem esse papo de experiência não, tem lugar
que ate prefere contratar os sem experiência porque não tem vícios profissionais”.
Na pratica não vemos isso.
Para completar, ainda há
os “olho grande” da profissão, que são aqueles camaradas que trabalham em 100
lugares diferentes, mas ainda querem mais um. Não dão conta ai pagam plantão,
mas não largam o osso. Com isso tira a oportunidade de quem não tem nenhum. Por
isso coloquei o titulo do post: “Enfermagem merece às 30 horas, mas o pessoal
do “ olho grande” não!”, não adianta reduzir a carga horária achando que assim
os profissionais poderão descansar que na realidade vai ate piorar, pois terão
mais tempo de se sobrecarregarem em outros lugares.
Acho que o que a
enfermagem precisa e sim de um piso salarial decente para todas as categorias, já
que se os técnicos e enfermeiros tivessem melhor remuneração acho que não
teriam justificativa para viver dentro de hospital, o que acaba sendo a
realidade de muitos, que saem de
um plantão e já emendam no outro, ficam sem vida social.
Às trinta horas nesse
aspecto seria para então dar sim o descanso merecido. Porem ainda sim teria
quer ter controle para conter os “olho grande” já que mesmo se melhorasse a
remuneração, ainda assim encontraríamos muitos com 100 empregos, ainda procurando
completar o 101, 102.......
Por Uanderson
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