Rio de Janeiro - Brasil

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Brasileiro detido em Londres estava a serviço de jornal.


Apesar de não ser funcionário do jornal britânico "The Guardian", o brasileiro David Miranda, detido e interrogado no aeroporto de Heathrow, em Londres, quando fazia escala para voltar ao Rio, costuma ajudar o namorado Glenn Greenwald nas reportagens, diz a publicação.

Miranda ficou retido por quase nove horas numa sala com seis agentes da Scotland Yard (polícia metropolitana de Londres). Ele foi detido com base na lei de combate ao terrorismo, que permite prender suspeitos sem mandado judicial. Mesmo após ser liberado, ele teve o laptop, cartões de memória, DVDs e um videogame apreendido.

Embaixada britânica diz que detenção de brasileiro é 'questão operacional'

O "Guardian" também admitiu que financiou a viagem do brasileiro. Miranda esteve em Berlim, onde visitou Laura Poitras, documentarista americana que auxilia o Greenwald na divulgação dos documentos repassados por Edward Snowden.

Ao jornal americano "The New York Times", Greenwald afirmou que o namorado entregou a Poitras documentos relacionados à investigação sobre espionagem. Em troca, a americana passou outros documentos para Miranda levar ao jornalista.

Todos os documentos estariam criptografados e armazenados em "pen drives", segundo Greenwald, que acabaram confiscados pelas autoridades britânicas.

A Casa Branca informou hoje que as autoridades britânicas avisaram os EUA antes de prender Miranda, mas negou, porém, que os EUA tenham pedido a prisão e o interrogatório do brasileiro.

"Esta decisão eles tomaram por conta própria", afirmou o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest.

A polícia e o governo britânico terão que explicar oficialmente a detenção do brasileiro. O ouvidor independente David Anderson vai investigar se houve abuso na aplicação das leis antiterrorismo, que dão poderes especiais às autoridades desde 2000.

Se concluir que o brasileiro foi detido ilegalmente, ele deve enviar um relatório especial ao Parlamento e sugerir mudanças imediatas na legislação.

Já um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron saiu em defesa das leis antiterror e disse que caberá à própria polícia examinar se houve abuso em sua aplicação.

Fonte: Folha de São Paulo

Opinião

Ate parece que o governo Britânico ira fazer algo de relevante neste caso, muito menos  mudar sua lei antiterror, não fizeram nada nem no caso mais grave que foi o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes no metro de Londres por policiais da SO19(unidade armada da Scotland Yard).

Além de não terem feito nada estando comprovado que Jean foi morto por engano, não tendo nenhum envolvimento com terrorismo, não muito tempo após o “incidente” promoveram a policial britânica Cressida Dick, que era responsável pela operação que resultou na morte  de 
Jean Charles de Menezes . 

Foi promovida a um posto de alto escalão na polícia, supervisionando a segurança da família real.

Alguém ainda acredita que alguma coisa será feita no caso do brasileiro aprendido em Londres? Só quem ainda acredita em papai Noel.

Por Uanderson


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