Rio de Janeiro - Brasil

terça-feira, 12 de julho de 2011

BNDES confirma sua saída da operação de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour



RIO, PARIS, SÃO PAULO e BRASÍLIA - O BNDES informou há pouco que suspendeu sua participação na operação de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar, por causa da rejeição à proposta pelo Conselho de Administração do grupo francês Casino, acionista do Pão de Açúcar.
"Frente ao comunicado do Conselho de Administração do Grupo Casino, rejeitando a proposta de associação entre o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour, a diretoria da BNDESPAR (braço de participações do banco de fomento) vem a público informar que cancelou o enquadramento da operação solicitada pela Gama 2 SPE Empreendimentos e Participações S/A, em função do não atendimento às condições estabelecidas", disse o BNDES em comunicado.
"Como reiterado em diversas oportunidades, o pressuposto da eventual participação da BNDESPAR nesta operação era o entendimento entre todas as partes envolvidas", continua a nota.
Logo depois, a Gama, empresa capitalizada pelo banco BTG Pactual, informou que também suspendeu "temporariamente" a proposta apresentada para a compra dos ativos do Carrefour no Brasil através do Pão de Açúcar.
"A manifestação do Conselho de Administração do Casino (...) nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto", diz a nota.
O comunicado prossegue dizendo que "desde sempre, tratou-se de uma proposta amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes". "Acreditamos que a associação entre Pão de Açúcar e Carrefour é excepcional para todos os públicos envolvidos e poderá ser reavaliada no futuro", completa a Gama.
- Foi feito o pedido para antecipar a reunião (da Wilkes), porque é preciso dar segurança aos investidores. É natural pedir antecipação - disse um dos assessores contratados por Naouri no Brasil.
Apesar de Abilio ter viajado a Paris somente para comparecer ao evento do Casino e tentar convencer os outros conselheiros, o empresário brasileiro abriu mão do seu direito de voto. Depois de três horas reunido com o conselho, Abilio saiu isolado, depois de ver seu projeto de fusão destruído pelos participantes do encontro. Segundo o empresário, o fórum para avaliar "os méritos da proposta" é a Wilkes, holding que reúne os Diniz e o Casino no Pão de Açúcar.
Fonte: O Globo Online

Entendam o caso:

Depois do rombo de 1,2 bilhão de reais nas contas da operação brasileira do Carrefour, descobertos em novembro, a alta nas vendas locais não foram suficientes para sanar os problemas financeiros. Deixar o Brasil - o segundo maior mercado do grupo no mundo - está fora dos planos do Carrefour. A venda à concorrência seria uma medida desesperada para recuperar suas contas. "Foi divulgado um valor do rombo, mas ele pode ter sido minimizado", pondera Lupoli. "Poderia ser uma quantia maior que levasse o grupo a essa decisão extrema de negociar a operação brasileira".
O próprio presidente da rede, o francês Lars Olofsson, reconheceu, na ocasião, que houve problemas. "O que aconteceu foi claramente um mau funcionamento", afirmou ele, em teleconferência com analistas e investidores, segundo a agência Dow Jones.
Não seria a primeira vez que o Carrefour abandonaria um mercado. Para reforçar o caixa, a varejista francesa vendeu as operações tailandesas em novembro para, veja só, o concorrente Casino, por considerar que elas não eram rentáveis. Esse foi o oitavo país do qual o Carrefour saiu nos últimos sete anos.
Para justificar a decisão, a rede afirmou que sua perspectiva de crescimento no país não condizia com a estratégia de focar em países onde poderia ocupar a liderança. O caso brasileiro, no entanto, reforçaria a má gestão da empresa - um ponto criticado por analistas - e poderia colocar ainda mais em risco o futuro do Carrefour.
Editorial
“Talvez um dois maiores fiascos financeiros do Carrefour no Brasil foi a compra das três redes de supermercados, Rainha, Dallas e Continente. Pois ao invés de comprar, a rede Francesa alugou as lojas das três redes, ficaram responsáveis pelos encargos trabalhistas das três redes, enfim foi um verdadeiro tiro no pé. Já os Donos das redes em questão, se livram de encargos trabalhistas de funcionários com 30 ou mais, anos de casa, recebiam aluguel de suas lojas, sem contar o dinheiro que receberam pelo arrendamento das redes.
Não foi a toa que um dos ex-donos das ditas redes, fundou em pouco tempo a Rede Prezunic que em uma década já e a 5ª maior rede de supermercados do Brasil.

Depois quiseram culpar o Rio de Janeiro pelo Fiasco, com discurso que no Rio o que prevalece e o mercado informal e a sonegação de impostos. Já o empresário Abílio Diniz ao meu ver, desesperado em não perder o controle da rede em 2012 para a rede Francesa Cassino, quis dar um “ golpe de estado”, negociando nos bastidores com o Carrefour, tendo como trunfo o apoio do BNDS. Mas ele não esperava uma reação contraria tanto do Cassino, quanto da sociedade brasileira que não viam com bons olhos a injeção de quatro bilhões do BNDS, dinheiro publico em uma negociação duvidosa.
Nessa historia toda quem ganhou foi os Portugueses do Prezunic.”

Uanderson

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