Rio de Janeiro - Brasil

sábado, 14 de janeiro de 2012

Reservatórios apodrecem em reduto eleitoral de ministro


Reservatórios de água destinados a famílias que sofrem com a seca em Pernambuco estão abandonados em um terreno da estatal Codesvaf, em Petrolina (PE), base eleitoral do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, informa reportagem de Breno Costa e Andreza Matais.
A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba) é vinculada ao Ministério da Integração.
Os reservatórios, comprados dentro do programa Água para Todos, fazem parte das ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine dos goveA Codevasf negou que os reservatórios estejam abandonados. De acordo com a empresa, os tanques estão "estocados" num terreno em Petrolina porque a empresa contratada para instalá-los não o fez.
MINISTRO
Bezerra tem sido alvo nas últimas semanas por suspeitas de que teria beneficiado Pernambuco --Estado governado pelo seu partido e onde fica sua base política-- com verbas para a prevenção de enchentes.
Um dos programas do ministério teve 95,5% dos pedidos de verba sob a gestão Bezerra em favor de seu Estado.
Dados da ONG Contas Abertas, divulgados pelo jornal "O Estado de S. Paulo", mostram que 90% dos recursos pagos no ano foram canalizados para Pernambuco.
A partir daí, as acusações não pararam mais. Segundo reportagem da Folha, o ministro privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares de sua pasta em 2011.
Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.
Liberado em dezembro, o dinheiro solicitado pelo deputado iria para ações tocadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba), uma empresa pública presidida pelo irmão do ministro, Clementino Coelho, que deixou o cargo após as acusações.
Bezerra alega que as acusações são infundadas, com origem no acirramento eleitoral.


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