A Justiça francesa condenou a três meses de prisão quatro membros de uma família origem turca por sequestrar uma parente de 22 anos que trabalha em filmes pornográficos, informou a imprensa francesa.
O pai da jovem, um pedreiro aposentado, alegou à Justiça que a atividade de sua filha é "inconcebível" e que ele temia que o trabalho de atriz pornô "manchasse a honra da família".
Além do pai, a irmã da atriz - cujo nome não foi revelado - e dois cunhados foram condenados pelo sequestro, mas poderão cumprir a pena de prisão em liberdade condicional.
A mulher, que havia feito um curso de formação para trabalhar em institutos de beleza e trabalhado como vendedora, declarou à polícia ter aceitado atuar em filmes pornôs "por vontade própria".
Ela se mudou de Nancy, no leste da França, para a região de Paris para trabalhar como atriz de filmes adultos sem informar a família sobre seu novo endereço.
Descoberta em revistas
Foram fotos da atriz em revistas masculinas, descobertas por um amigo da família, que permitiram aos parentes desvendar suas novas atividades profissionais.
Após inúmeras buscas, membros da família descobriram que ela estava hospedada em um hotel em Aubervilliers, na periferia de Paris.
"Para nós não se tratava de um sequestro. Queríamos tirá-la desse meio onde ela entrou", afirmou a irmã da mulher, durante o julgamento no tribunal de Bar-le-Duc, no leste da França.
A irmã e dois de seus cunhados foram até o hotel e tentaram persuadi-la a deixar a carreira de filmes pornôs e voltar para casa dos pais, segundo o jornal L’Est Républicain.
Como não obtiveram resultado, eles decidiram esperar nos arredores do hotel até que a jovem saísse do local à noite e a levaram à força até o carro, tapando sua boca com as mãos para evitar que ela gritasse.
Agressões
A jovem passou dias trancada em um quarto na casa dos pais e foi agredida a chutes por um de seus irmãos. Quando saía de casa, ela era sempre escoltada por membros da família, conta o jornal.
Foi numa dessas saídas, para buscar seus pertences no hotel na periferia de Paris, que ela conseguiu enviar um torpedo com um celular que havia ficado no local.
A jovem alertou um "conhecido de seu trabalho" sobre o sequestro, que avisou a polícia.
"Ela é maior de idade e as escolhas de vida são da própria pessoa e não de sua família", disse o procurador Yves Bardoc.
"O comportamento (da jovem) talvez seja repreensível do ponto de vista moral da família, mas ela não se encontrava em uma situação de perigo, que tornaria legítima uma ação de seus parentes", afirmou o procurador
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