RIO - Chegou a quatro o número de corpos resgatados pelos bombeiros nos escombros dos três prédios que desabaram por volta de 20h30m da noite de quarta-feira, na Cinelândia, no Centro do Rio.
Até o momento, portanto, há 20 pessoas desaparecidas, da lista da prefeitura com 24 nomes. Segundo o Instituto Médico Legal, dois corpos já foram reconhecidos por parentes. São eles: Celso Renato Cabral Filho, de 44 anos; e Cornélio Ribeiro Lopes, 73 anos, porteiro do prédio número 44 da Avenida Treze de Maio. Um corpo ainda não identificado já foi levado para o IML, e o quarto corpo acabou de ser encontrado entre os escombros.
Os demais desaparecidos são: Omar José Mussi, 48 anos; Amaro Tavares da Silva, 40 anos; Sabrina Prado, 30 anos; Alessandra Alves Lima, de 29 anos; Ana Cristina Silveira, 50 anos; Bruno Charles, 25 anos; Daniel de Souza Jorge, 26 anos; Fábio Correia; Flávio Porrozi, 23 anos; Gustavo Cunha; Kelly Menezes; Luís Leandro Vasconcelos, 40 anos; Moisés Morais da Silva, 43 anos; Marcelo de Lima, 48 anos; Margarida de Carvalho, 65 anos; Nilson Ferreira, 50 anos; Priscila Montezano, 23 anos; Roosevelt da Silva; Flávio de Souza, 70 anos; Marlene; Franklin; e Yokama.
Cinco pessoas foram hospitalizadas no Souza Aguiar, e duas já tiveram alta. Uma outra pessoa deu entrada no Hospital estadual Getúlio Vargas e também já foi liberada. O primeiro corpo encontrado pelos bombeiros foi reconhecido no início da tarde. É Celso Renato Cabral, que trabalhava em uma empresa de contabilidade, segundo seu primo José Alves.
— Ele era uma pessoa muito bem-humorada. Muito gente boa. Não conheço ninguém que tenha sido melhor que ele — disse Alves.
Uma coluna de fumaça negra começou no fim da tarde desta quinta-feira a tomar conta da área onde é feito o trabalho de resgate das vítimas do desabamento dos três prédios. A fumaça é oriunda de focos de incêndio que estão no meio dos escombros. Segundo o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, esses focos aparecem quando as máquinas retiram pedaços de laje e outros tipos de escombros. Não é a primeira vez que a fumaça toma conta do local. Ao longo do dia, isso aconteceu diversas vezes. Quando isso acontece, as equipes de resgate jogam água sobre o escombros.
O coronel Simões disse no fim da manhã que pelo menos um representante de cada família de possíveis desaparecidos foi levado ao IML para tentar reconhecer os corpos já resgatados. São cerca de 20 parentes, transportados em duas vans. Entre eles, estava a secretária Sandra Ribeiro, de 40 anos, que procurava o pai, Cornélio Ribeiro - já identificado entre um dos mortos. Ele trabalhava como porteiro no edifício Liberdade. Sandra soube na quarta-feira do acidente, foi ao local, mas não conseguiu obter informação.
— O que me informaram hoje é que encontraram um corpo com o celular do meu pai no bolso. Estamos indo lá para ver se é ele mesmo — lamentou a filha, antes de identificar o corpo do pai no IML.
A Secretaria municipal de Assistência Social informou que vai arcar com as despesas de enterro dos mortos cujas famílias não têm condições financeiras
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