Um enfermeiro foi
agredido nesta quinta-feira, por volta das 10h, na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) da Taquara, na Zona Oeste do Rio. O funcionário faz parte da
equipe de acolhimento da unidade e teve o nariz quebrado ao ser atingido por
socos quando tentava explicar ao marido de uma paciente que ele não poderia
acompanhá-la no atendimento.
O homem foi contido por um funcionário da limpeza.
As unidades de pronto-atendimento contam apenas com vigilantes patrimoniais. O
Sindicato dos Médicos do Rio afirmou que fará uma denúncia sobre a falta de
segurança para os profissionais de saúde ao Ministério Público.
- Expliquei que a
paciente já estava numa cadeira de rodas, seguindo para a sala amarela, onde
receberia hidratação, e expliquei que ele não poderia acompanhar a mulher.
Pedi
várias vezes que ele aguardasse do lado de fora, para não atrapalhar o
atendimento. Ele fez que não ouviu e me acertou vários socos no rosto. Nem
esbocei reação - contou Alexandre Castelar, de 40 anos, há três anos e meio
trabalhando na UPA da Taquara.
Uma funcionária da
unidade, que pediu para não ser identificada, conta que, ao escutar a confusão
na sala de espera da UPA, saiu correndo para o andar superior:
- Estamos todos muito
assustados com essa falta de segurança. Não há tranquilidade para trabalhar. Os
vigilantes são franzinos e a função deles é proteger o patrimônio público, não
os funcionários.
O caso foi registrado
na 32ª DP. O agressor foi conduzido para a delegacia e liberado em seguida.
A agressão ao
enfermeiro não foi gravada pelo circuito interno da UPA, porque a unidade está
sem câmeras de segurança. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, um novo
sistema está sendo providenciado. Em nota, o órgão explica que, após a
transição de gestão compartilhada por Organizações Sociais, o contrato de
locação de câmeras precisou ser trocado.
A secretaria afirma que
“adota uma série de normas para garantir a segurança de profissionais de saúde,
pacientes e visitantes, além de proteger o patrimônio material de suas
unidades”. Para isso, dispõe de segurança patrimonial, feita por vigilantes
desarmados, e câmeras de monitoramento. Em casos de violência, o vigilante é
orientado a chamar a polícia.
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