Como não acontecia desde os tempos de Zé Carioca, o Brasil foi tema do desenho animado americano “Rio”, faturou US$ 490 milhões, uma das primeiras estreias de um ano especial para esse gênero de filmes: foram 17 títulos lançados, sete a mais do que em 2010. É um crescimento expressivo, que está mudando a face do cinema.
Atualmente não existe blockbuster que não use técnicas de animação digital na criação de realidades imaginárias. Do seu lado, os desenhos animados se tornaram tão benfeitos que competem com os melhores filmes de ficção.
Segundo Aída Queiroz, diretora do festival Anima Mundi, essa evolução só foi possível graças à popularização dos computadores que tornaram mais rápida a produção. Com isso, foi rompido um velho tabu: a ideia de que enredos do gênero tinham de ser necessariamente infantis. “Hoje é muito maior o número de filmes com temática adulta e isso se deve também à globalização que permitiu o acesso a obras de outros países”, diz Aída.
Num dos anos mais produtivos, foram inscritos 18 desenhos para concorrer a uma das cinco vagas no Oscar na categoria e entre eles se encontram o espanhol “Rugas” e o tcheco “Alois Nebel”, não direcionados a crianças.
Num dos anos mais produtivos, foram inscritos 18 desenhos para concorrer a uma das cinco vagas no Oscar na categoria e entre eles se encontram o espanhol “Rugas” e o tcheco “Alois Nebel”, não direcionados a crianças.
O mercado também não é mais dominado pela dobradinha Pixar, produtora de “Carros 2”, e DreamWorks, marca por trás de “Kung Fu Panda 2” e “Gato de Botas”.Estão no páreo o estúdio inglês Aardman, que lançou “Operação Presente”, e a Blue Sky, do brasileiro Carlos Saldanha, de “Rio”. O Brasil, que antes exportava talentos, está tirando o atraso na área e já tem 11 longas de animação em fase de produção.
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