Brasília - A Secretaria
de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou que as análises feitas em cinco
amostras de secnidazol 500mg, suspeitas de terem causado a morte de dez pessoas
no município de Teófilo Otoni, identificaram a presença do anti-hipertensivo
anlodipina besilato (5 miligramas), misturado ao remédio para vermes. A
medicação foi manipulada pela empresa Fórmula Pharma.
Coletadas pela
vigilância sanitária e pela Polícia Civil na casa de pacientes que consumiram
os medicamentos, as amostras foram enviadas ao Serviço de Medicamentos,
Saneantes e Cosméticos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) para análises. Falta
ainda analisar a quantidade do princípio ativo encontrado nas amostras. A
previsão é que o laudo seja liberado em 30 dias.
De acordo com o
secretário de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, o caso se
tornou “caso de polícia”, em função do "grave erro técnico cometido".
“Pela dimensão trágica
desse episódio, iremos instituir um grupo interno para verificar primeiramente
se houve alguma falha nos procedimentos técnicos da vigilância [sanitária].
Além disso, queremos aperfeiçoar nossos procedimentos no sentido de evitar
casos como esses”, disse ontem (22), em nota, o secretário. Segundo ele, o caso
poderá resultar na prática de “procedimentos adicionais em relação às farmácias
de manipulação”.
O subsecretário de
Vigilância em Saúde, Carlos Alberto Pereira, informou que a investigação será
finalizada até a próxima semana, quando o laudo definitivo do caso será
apresentado.
Edição: Talita Cavalcante
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