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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

No Amapá, mulher é mandada embora de hospital com bebê morto na barriga



A doméstica Miracélia da Costa, de 44 anos, relatou ao G1 que na sexta-feira (20), a filha de 28 anos, grávida de 8 meses, foi mandada embora do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), em Macapá, por falta de leitos na maternidade. Ela estava com o filho morto na barriga. O HMML é a única maternidade pública do Amapá.

De acordo com a doméstica, a jovem foi para casa, mas, após sentir dores, retornou à maternidade no sábado (21). Ela não conseguiu atendimento imediato, segundo a mãe.

"Ela [filha] chegou sexta-feira no hospital e me ligou dizendo que o bebê dela estava morto na barriga. Minha filha disse que não estavam deixando ela ficar no hospital. No sábado, quando eu cheguei, meio-dia, de Porto Grande [a 102 quilômetros de Macapá], ela estava chorando com dor, na calçada, porque haviam mandado ela embora com a criança morta dentro da barriga", descreveu Miracélia da Costa.

A doméstica disse que somente após ela ter ameaçado "chamar a imprensa e fazer um quebra-quebra dentro do hospital", a filha conseguiu ser atendida.

O relato da doméstica Miracélia da Costa colabora com as constantes reclamações que o hospital enfrenta em relação à superlotação e demora nos atendimentos.

A doméstica Vanda da Luz, de 47 anos, também contou que houve demora no atendimento à filha gestante, de 13 anos.

"Ela perdeu bastante líquido da bolsa e ficou esperando sentada numa cadeira na recepção. Chegamos às 7h, mas ela foi atendida só às 11h", reclamou a doméstica, sentada na calçada em frente à maternidade. "Não dá para ficar lá dentro", exclamou.

A diretoria do HMML alegou que a demanda aumentou em 40% desde o início de setembro de 2013, porque a maternidade de um hospital particular, em Macapá, deixou de fazer atendimentos. No sábado, por exemplo, o HMML realizou 107 procedimentos, sendo que desses, 61 resultaram em internações.

"Essa demanda do hospital particular elevou a nossa, que é notória e assustadora", reforçou a diretora do Hospital da Mulher Mãe Luzia, Cataria de Oliveira.

Para a demanda de atendimentos, o hospital possui 152 leitos e 9 médicos na escala de segunda-feira a sexta-feira, e 4 na de plantões em finais de semana e feriados. Para cada regime de escala, apenas 1 médico é remanejado para o pronto atendimento da maternidade.

"Estamos aguardando a inauguração de mais 14 leitos, que não vai ser a solução, e sim apenas uma medida paliativa (...). Com o aumento nos atendimentos, estamos precisando de mais profissionais porque a tendência é elevar ainda mais a demanda (...). Não dá para dizer 'não' a essas mulheres. Por isso existe essa situação gritante de superlotação", destacou Catarina

Fonte:aGazeta

Opinião

Superlotação não pode ser desculpa para mandar uma mulher com bebe de oito meses morto na barriga para casa. Como pode? : há vai para casa e se vira para tirar seu filho morto da sua barriga?

Isso é um absurdo!

Uanderson

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