A TV Globo não é a única
emissora de TV no Brasil, do mesmo modo não é a única que deveria ter um
compromisso social com a população além de entreter. Mas pela importância que possui, sendo a 3ª maior
rede de televisão do mundo, líder de audiência no Brasil, a Globo querendo ou
não acaba sendo uma espécie de porta voz da sociedade, e por isso e mais
cobrada comparada as demais emissoras de TV.
O jornalismo do canal e
o mais importante dentre os demais veículos da imprensa, ate pelos motivos já explicitados
e o jornal Nacional, jornalístico mais assistido do País exibido em horário nobre
é a janela que se poderia ir além de noticias requentadas mostradas durante
todo o dia por outros jornalísticos e ainda por cima de forma superficial.
Hoje 20/05 O JN mostrou
a repercussão da morte do medico cardiologista esfaqueado na Lagoa, bairro da
zona sul do Rio. Uma matéria superficial sem acrescentar o que já tinha sido abordado pelos outros noticiários .
Poderiam ter se aprofundado mais ao invés de noticiar como "mais um caso da violência
do Rio de Janeiro", assim como a repórter anunciou.
Poderiam ter levado em
discussão que esse caso de violência mais uma vez tem menores como suspeitos do
crime, menores que vem barbarizando com atos de violência em seus assaltos,
esfaqueando suas vitimas, mesmo modo que já foi visto num caso recente onde um
homem foi esfaqueado num ponto de ônibus no centro do Rio.
Dois desses menores já tinham
passagens pela policia, e foram soltos por ordem judicial. Esse absurdo de
menores infratores serem liberados pela justiça aumenta a sensação de
impunidade que esses projetos de demônios possuem. A questão da redução da
maioridade penal ainda não foi aprovado.
O Jornal Nacional se
limitou a colocar uma fala do governador Pezão reclamando da justiça que manda
soltar bandidos e de um desembargador dizendo que o problema seria falta de
policiamento. Na realidade são três fatores:
Falta de Policiamento;
Leis brandas sim que
não se adequam ao banditismo de hoje gerando sim sensação de impunidade, o cara
e preso num dia, logo estará solto;
E óbvio falta de bom senso
de alguns magistrados em dar liberdade para marginais de maior e os “de menor”
mesmo com varias passagens pela policia.
No inicio deste mês a
decisão da justiça em liberar dezenas de menores infratores causou muita polêmica. E isso deveria ser levado em discussão sim e um telejornal com
tamanha audiência do Jornal Nacional seria um ótimo palco para lançar essa discussão,
ate para sensibilizar nosso legislativo que é quem elabora nossas leis para
modificar nosso código penal, criando leis mais rígidas.
Leiam:
Não adianta apenas
jogar pedra na policia militar, o Rio de Janeiro é a segunda maior metrópole deste País e uma
das maiores do mundo, que por conta de governos omissos e uma das maiores desigualdades
sociais do planeta promoveu uma cidade rodeada por favelas, não há como por um
policial a cada esquina.
E importante ter leis
que cooperem com a ação da policia, não pode um cara ser preso hoje e amanha
ser beneficiado por bizarrices como o direito de visitar a família, o cara sai
da cadeia e não volta, assim estão barbarizando por ai vários traficantes que
foram presos e conseguiram voltar as ruas graças a tais benefícios.
Precisamos discutir
isso seriamente, parar com isso de só falar da violência do Rio de Janeiro como
se isso fosse uma espécie particularidade especial da cidade, como o morro do
pão de açúcar, a violência no Rio existe por ineficiência da policia, mas também
por leis que precisam ser mudadas, mas nossos políticos, digo mais uma vez, estão
preocupados com sexualidade e religião, e assim o tempo passa e as coisas
continuam como estão!
Portanto acho que a
maior mudança que o JN deveria ter feito, não era apenas novidade no cenário ou
uma nova garota do tempo que o sotaque me lembra muito o Faustão, só falta
falar o “tô louco meu vai chover hoje!”.
Deveriam ter saído da
mesmice o publico não quer um jornal ajeitadinho com apresentadores forçando
uma descontração, não precisamos de jornalistas palhaços precisamos de
jornalismo dinâmico aprofundado que leve em debate assuntos de grande importância
como o de segurança publica. Parece-me que o JN preferiu o feijão com arroz.
Por Uanderson de Aquino.
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