Um vídeo gravado a
partir de um celular por um funcionário da Maternidade Escola Santa Mônica, em
Maceió, mostra um rato passando pelo corredor da unidade de saúde. O local,
segundo os funcionários do hospital público que é referência no atendimento a
gestantes de alto risco em Alagoas, dá acesso ao centro cirúrgico.
Na última terça-feira
(14), servidores vinculados à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas (Uncisal) realizaram um ato em frente à maternidade, no bairro do Poço.
Eles estão em greve por melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Valderes de Oliveira,
que preside a Comissão de Greve dos Servidores da Uncisal, alerta para o risco
de contaminação de pacientes. "Os pacientes, quando estamos em
supelotação, ficam em colchões no chão onde tem baratas, ratos e até
escorpiões. Muitas vezes é preciso colocar mãe que acaba de parir no chão com o
seu bebê".
Uma reunião foi marcada
com a reitoria da Uncisal, que gerencia a unidade de saúde, para a próxima
semana. O objetivo é cobrar melhorias estruturais, mais investimentos e clareza
na prestação de contas das verbas de programas federais.
“Boa parte dos
servidores não recebe os adicionais de insalubridade e periculosidade. Também
queremos melhores condições de trabalho, atendimento da saúde aos próprios
servidores nas instituições e progressão automática de classe. Do jeito que
está é um caos, está quase tudo inviabilizado”, expôs o servidor Marcos Chagas
durante a mobilização.
Em entrevista à TV
Gazeta, a reitora da Uncisal, Rozangela Wyszomirska, afirmou que desconhece as
denúncias e que nunca recebeu dos servidores nenhum documento sobre isso. Sobre
o rato mostrado no vídeo, a reitora diz que há dedetização periodicamente na Maternidade
Santa Monica. Em relação à aplicação de verbas federais, Rozangela explica que
elas são investidas em reformas e melhorias na estrutura do hospital e que os
problemas existentes são resultado de 15 anos de gestões passadas sem
investimentos.
Fonte: G1.com
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