Centenas de usuários de
maconha ficaram na fila de um estabelecimento que tem autorização de
comercializar drogas. Antes do amanhecer no Colorado, que entrou para a
história como o primeiro estado nos Estados Unidos a licenciar a venda da droga
para uso recreativo.
Mais de 200 clientes
estavam na neve antes das portas do 3D Cannabis Centre, Denver abrir às 8h.
Para alguns, era a
continuação da festa que começou à meia-noite, onde via-se uma nuvem de fumaça
de maconha, onde festeiros celebraram o fim da proibição do uso da maconha.
O Colorado tornou-se
nesta quarta-feira, 1º, o primeiro Estado americano a comercializar
legalmente a maconha para uso recreativo. A medida, inédita no país e aprovada
em referendo em 2012, entrou em vigor em 160 farmácias em 25 cidades e
condados.
Qualquer cidadão maior
de 21 anos pode comprar até 28 gramas da droga para consumo recreativo. O
governo local estima que a nova regulamentação criará um mercado de US$ 578
milhões por ano, que reverterá US$ 67 milhões em tributos para os cofres
públicos.
O Estado de Washington
deve adotar um modelo parecido em seis meses. A maconha continua ilegal
pela lei federal, mas o governo de Barack Obama tem dito que vai dar aos
Estados a liberdade para ter os seus próprios estatutos para uso recreativo.
Ativistas favoráveis à
legalização da droga esperam que esses novos modelos ofereçam uma alternativa à
guerra às drogas patrocinada pelo governo americano desde os anos 80. Outro
benefício apontado pelos defensores da lei é a renda gerada pelo recolhimento
de impostos e os gastos poupados com as prisões por posse e uso de maconha.
Críticos da medida
temem que a indústria fará com que a maconha fique mais acessível a jovens e
adolescentes, apesar da fiscalização. Outro ponto que preocupa é o efeito
do consumo excessivo da droga no organismo dos consumidores.
"Entendemos que o
Colorado está sob escrutínio", disse o advogado Jack Finlaw, encarregado
pelo governador John Hickenlooper de supervisionar a força-tarefa de
implementar oito recomendações do Departamento de Justiça para a regulamentação
da venda de maconha no Estado, que inclui impedir a chegada da droga ao mercado
negro, testes, embalagens e grau de pureza, entre outros fatores.
Para o diretor do
Centro de Dependência Química e reabilitação da Universidade do Colorado, Ben
Cort, a medida equivale a "colocar gasolina no fogo".
Fonte: DailYmail/Estadão
0 comments:
Postar um comentário