Cientistas brasileiros
exumaram pela primeira vez para pesquisa os restos mortais de Dom Pedro I, o
primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona
Leopoldina e Dona Amélia.
A exumação fez parte do trabalho de mestrado da arqueóloga e historiadora
Valdirene do Carmo Ambiel, que defendeu nesta segunda-feira (18) sua
dissertação no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo
(USP).
Foto esqueleto D. Pedro I
Foto esqueleto D. Pedro I
De acordo com
Valdirene, os exames foram realizados em 2012 – entre fevereiro e setembro. Ela
afirma que obteve em 2010 autorização de descendentes da família real
brasileira para exumar os restos mortais. No entanto, negociações para que isto
ocorresse iniciaram anos antes. “De forma oficial, esse trabalho começou a
acontecer em 2010, mas ele se iniciou mesmo há oito anos”, explicou Valdirene
ao G1.
Os exames foram
realizados no Hospital das Clínicas de São Paulo e contaram com a ajuda de
especialistas da Faculdade de Medicina da USP.
Segundo informações do
site do jornal "O Estado de S. Paulo", um esquema de segurança foi
montado para transportar as urnas funerárias de madrugada desde a cripta
imperial, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, até o local dos
exames, em Cerqueira César, onde, sob sigilo, os esqueletos foram submetidos a
ultrassonografias e tomografias.
O site do jornal
informa ainda que as análises revelaram que Dom Pedro I fraturou ao longo de
sua vida quatro costelas do lado esquerdo, consequência de dois acidentes --
uma queda de cavalo e quebra de carruagem. Isso teria prejudicado um de seus
pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que causou sua morte aos
36 anos, em 1834. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com roupas de
general.
O "Estado"
informa aponta que a exumação dos restos mortais de Dona Leopoldina contradiz a
história de que a então imperatriz do Brasil teria fraturado o fêmur após Dom
Pedro I tê-la empurrado de uma escada do palácio Quinta da Boa Vista, então
residência da família real, localizada no Rio de Janeiro. No exame, não foram
encontradas fraturas.
No caso da segunda
mulher do primeiro imperador do país, Dona Amélia, segundo noticia o os
Os cientistas se surpreenderam ao ver que a imperatriz foi
mumificada e tinha partes do seu corpo preservados, como cabelos, unhas e
cílios. Um crucifixo de madeira e metal foi enterrado com ela.
Fonte: AGazeta
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