A médica Myriam
Priscilla de Rezende Castro, 34, condenada a seis anos de prisão no regime
semiaberto por ter mandado cortar o pênis do ex-noivo, que desistiu do
casamento três dias antes da cerimônia, está clinicando em hospital da região
metropolitana de Belo Horizonte há dois meses.
A especialidade da
médica é a urologia, que trata do aparelho urinário de homens e mulheres e do
aparelho genital masculino. Ela foi condenada por lesão corporal gravíssima.
De acordo com a Seds
(Secretária de Defesa Social de Minas Gerais), Myriam cumpre sua sentença na
penitenciária feminina Estevão Pinto, no Horto, em Belo Horizonte, desde abril
deste ano, e teve permissão da Justiça para sair para trabalhar no início de
junho. O nome do hospital não foi divulgado pela secretaria.
O crime ocorreu em Juiz
de Fora (a 278 km de Belo Horizonte), em 2002. A médica foi condenada em abril
de 2009, mas não foi presa imediatamente em razão dos diversos recursos
impetrados pelos seus advogados.
Ela só veio a ser presa
em abril deste ano, em Pirassununga (a 211 km de São Paulo), após expedição de
mandado da prisão pela Justiça.
De acordo com o
processo, à época do rompimento do casamento, a médica se revoltou com o
ex-noivo e passou a ameaçá-lo. Ele teve sua casa e um automóvel incendiados.
Em seguida, ainda de
acordo com o processo, Myriam, com a ajuda do pai, que também foi condenado,
teria contratou dois homens para mutilar o ex-noivo. Devido a um AVC (Acidente
Vascular Cerebral) durante o julgamento, o pai cumpre pena em regime
domiciliar.
Segundo o Ministério
Público, no dia do crime, a vítima foi dominada por dois homens dentro do
apartamento onde morava. Conforme a denúncia, os autores da agressão se
passaram por técnicos de uma empresa de telefonia. O irmão da vítima também foi
agredido.
O MP disse que os dois
foram dominados, amarrados e ainda teriam sido obrigados a cheirar éter. Parte
do pênis da vítima foi cortada e levada como prova da execução do serviço. Um
dos executores está preso.
"Os executores
usaram uma faca para cortar o pênis do rapaz e fizeram questão de dizer que
estavam agindo a manda da ex-noiva e do pai dela na ocasião", informou a
PC (Polícia Civil) de Minas Gerais à época da prisão da médica.
O ex-noivo sobreviveu e
vive de maneira anônima. No processo que condenou a médica, não houve a
participação de advogados que atuassem em seu nome.
Fonte: UOL
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