“Eu não fiz nada. Isso é imaginação de menina”. O relato é do pedreiro Ivaldo Brasil de Oliveira, de 36 anos, preso por volta das 9h30 da última quinta-feira, em Itinga do Maranhão, suspeito de abusar da filha de 14 anos.
O caso da menor foi denunciado pelo Disque 100. O abuso, segundo depoimentos da própria vítima, ocorre desde que ela tinha 12 anos. A menina chegou a engravidar duas vezes e, inclusive, cometer aborto obrigada pelo próprio pai.
O que Ivaldo classifica de ‘imaginação’ foi comprovado por laudo médico, por relatório hospitalar e por prova escrita enviada pelo Conselho Tutelar do município. O laudo declara que a menor “não é mais virgem” e que o “desvirginamento é recente”, diz ainda ter sido encontrado “vestígios de expulsão de feto por aborto”. Ivaldo de Oliveira está preso na Delegacia Regional de Açailândia, à disposição da Delegacia de Itinga do Maranhão, onde presta depoimento oficial na segunda-feira, 27.
A história da menor de 14 anos se assemelha a muitas ocorridas no interior do Maranhão, onde, em meio a vastas áreas, pequeno efetivo policial e muita desinformação da população, casos desta natureza são comuns. É o que relata o delegado Jose Luís Lima Furtado, titular de Itinga do Maranhão, responsável pelo caso.
Segundo ele, são muitas as denúncias que chegam, “mas há a dificuldade em apurar, pois as informações são mínimas e, por vezes, em regiões de difícil acesso, distantes e que acabam por facilitar fuga dos suspeitos”, ressalta o delegado.
No caso da menor, as provas ajudaram a polícia e aceleraram o processo. Imediatamente foi feito o pedido de prisão temporária, que vale pelos próximos 30 dias. Segundo o delegado, Ivaldo deve aguardar todo o processo preso, mas, na próxima semana será enviado à justiça o pedido de conversão da prisão temporária para preventiva. “Queremos evitar que ele fuja como já fez outras vezes”, conta o delegado José Luís.
Abortos
Ivaldo de Oliveira começou a abusar da filha aos 12 anos e logo ela engravidou, em março de 2010, no município de Itinga do Maranhão, onde residia com a mulher e outra filha, hoje com 12 anos.
Ao saber do ‘problema’ ele não pensou duas vezes e tratou de forçá-la a fazer um aborto. Contratou uma técnica em enfermagem que ministrou três comprimidos na garota.
Após o procedimento, levaram-na para fazer curetagem. A mulher já foi identificada e também será ouvida pela polícia. O segundo aborto sofrido pela adolescente ocorreu em fevereiro deste ano, após ter sido agredida pelo pai com socos no abdome.
Mesmo o risco que correu de ser descoberto não o fez parar de abusar da filha. Ivaldo então vendeu a casa e se mudou para Junco do Maranhão com a família. Lá, continuou com os abusos, que ficaram mais frequentes e violentos quando soube que a menina havia arranjado um namorado. Alegando ciúmes e preocupação, Ivaldo impedia a filha de sair de casa, até mesmo de ir à escola, de acordo com relatos da própria vítima.
Denúncia e mais violência
A menina resolveu contar o que vinha sofrendo ao namorado. Este a incentivou a relatar tudo e foi feita uma carta enviada ao Conselho Tutelar da região.
A carta então foi parar nas mãos da polícia, que procedeu ao pedido de prisão temporária com base nas provas coletadas. Paralelamente, a esposa de Ivaldo, que até então desconhecia a história, foi alertada pela filha e pôs o marido para fora de casa. Ivaldo retorna a Itinga e escapa de ser preso, o que ocorre quando, após 15 dias, resolve voltar ao convívio da família.
Quando foi preso, ele havia acabado de espancar a filha, sob a alegação de ciúmes do namorado, segundo relatos à polícia. Na verdade, descobriu a polícia, ele havia sido informado que a garota fez a denúncia. Segundo o delegado, no depoimento informal, Ivaldo mostrou-se arrependido e teria chorado durante a ida à prisão.
A mãe da menor será ouvida oficialmente, mas, quando questionada, disse não ter desconfiado de nada, pois sempre achou se tratar de zelo do pai com a filha. A polícia suspeita que a filha mais nova também sofria abuso, apesar da negativa da própria.
Relatos de vizinhos dão conta que Ivaldo dispensava carinho excessivo também à menor, acariciando-a de forma estranha. Os relatos afirmam ainda que ele era extremamente violento com as filhas. Ivaldo, segundo a polícia, não possui passagens em delegacias, nem registros de crimes
O caso da menor foi denunciado pelo Disque 100. O abuso, segundo depoimentos da própria vítima, ocorre desde que ela tinha 12 anos. A menina chegou a engravidar duas vezes e, inclusive, cometer aborto obrigada pelo próprio pai.
O que Ivaldo classifica de ‘imaginação’ foi comprovado por laudo médico, por relatório hospitalar e por prova escrita enviada pelo Conselho Tutelar do município. O laudo declara que a menor “não é mais virgem” e que o “desvirginamento é recente”, diz ainda ter sido encontrado “vestígios de expulsão de feto por aborto”. Ivaldo de Oliveira está preso na Delegacia Regional de Açailândia, à disposição da Delegacia de Itinga do Maranhão, onde presta depoimento oficial na segunda-feira, 27.
A história da menor de 14 anos se assemelha a muitas ocorridas no interior do Maranhão, onde, em meio a vastas áreas, pequeno efetivo policial e muita desinformação da população, casos desta natureza são comuns. É o que relata o delegado Jose Luís Lima Furtado, titular de Itinga do Maranhão, responsável pelo caso.
Segundo ele, são muitas as denúncias que chegam, “mas há a dificuldade em apurar, pois as informações são mínimas e, por vezes, em regiões de difícil acesso, distantes e que acabam por facilitar fuga dos suspeitos”, ressalta o delegado.
No caso da menor, as provas ajudaram a polícia e aceleraram o processo. Imediatamente foi feito o pedido de prisão temporária, que vale pelos próximos 30 dias. Segundo o delegado, Ivaldo deve aguardar todo o processo preso, mas, na próxima semana será enviado à justiça o pedido de conversão da prisão temporária para preventiva. “Queremos evitar que ele fuja como já fez outras vezes”, conta o delegado José Luís.
Abortos
Ivaldo de Oliveira começou a abusar da filha aos 12 anos e logo ela engravidou, em março de 2010, no município de Itinga do Maranhão, onde residia com a mulher e outra filha, hoje com 12 anos.
Ao saber do ‘problema’ ele não pensou duas vezes e tratou de forçá-la a fazer um aborto. Contratou uma técnica em enfermagem que ministrou três comprimidos na garota.
Após o procedimento, levaram-na para fazer curetagem. A mulher já foi identificada e também será ouvida pela polícia. O segundo aborto sofrido pela adolescente ocorreu em fevereiro deste ano, após ter sido agredida pelo pai com socos no abdome.
Mesmo o risco que correu de ser descoberto não o fez parar de abusar da filha. Ivaldo então vendeu a casa e se mudou para Junco do Maranhão com a família. Lá, continuou com os abusos, que ficaram mais frequentes e violentos quando soube que a menina havia arranjado um namorado. Alegando ciúmes e preocupação, Ivaldo impedia a filha de sair de casa, até mesmo de ir à escola, de acordo com relatos da própria vítima.
Denúncia e mais violência
A menina resolveu contar o que vinha sofrendo ao namorado. Este a incentivou a relatar tudo e foi feita uma carta enviada ao Conselho Tutelar da região.
A carta então foi parar nas mãos da polícia, que procedeu ao pedido de prisão temporária com base nas provas coletadas. Paralelamente, a esposa de Ivaldo, que até então desconhecia a história, foi alertada pela filha e pôs o marido para fora de casa. Ivaldo retorna a Itinga e escapa de ser preso, o que ocorre quando, após 15 dias, resolve voltar ao convívio da família.
Quando foi preso, ele havia acabado de espancar a filha, sob a alegação de ciúmes do namorado, segundo relatos à polícia. Na verdade, descobriu a polícia, ele havia sido informado que a garota fez a denúncia. Segundo o delegado, no depoimento informal, Ivaldo mostrou-se arrependido e teria chorado durante a ida à prisão.
A mãe da menor será ouvida oficialmente, mas, quando questionada, disse não ter desconfiado de nada, pois sempre achou se tratar de zelo do pai com a filha. A polícia suspeita que a filha mais nova também sofria abuso, apesar da negativa da própria.
Relatos de vizinhos dão conta que Ivaldo dispensava carinho excessivo também à menor, acariciando-a de forma estranha. Os relatos afirmam ainda que ele era extremamente violento com as filhas. Ivaldo, segundo a polícia, não possui passagens em delegacias, nem registros de crimes
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