Rio - O discurso
em defesa dos royalties do petróleo para os estados produtores marcou o comício
que a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o candidato ao Palácio Guanabara Marcelo
Crivella (PRB) fizeram, no início da noite desta sexta-feira, em Duque de
Caxias. Os dois chegaram ao evento com pouco mais de uma hora de atraso,
por conta do engarrafamento típico das sextas-feiras na Linha Vermelha.
A troca de afagos entre
o senador do PRB e a candidata petista à reeleição prevaleceu durante os vinte
e um minutos em que ficaram no palanque. “Crivella esteve ao meu lado em
todas as lutas pelo Rio de Janeiro. Eu não posso me esquecer dos royalties do
petróleo nem da riqueza do pré-sal. Os royalties do petróleo são devidos ao
Rio, porque assim nós decidimos há anos atrás”, disse Dilma, sem citar a
adversária Marina Silva (PSB), mas claramente explorando o posicionamento
adotado pela pessebista, favorável à partilha dos royalties entre todos os
estados. “Quando alguém vai mudar (os contratos), muda para a frente. Mas não
se pode mudar para trás. Este país respeita contratos”, completou.
Crivella bateu na mesma
tecla. “Durante a marcha dos prefeitos em Brasília, Dilma levou uma vaia danada
de quatro mil prefeitos porque defendeu a manutenção dos royalties para o Rio.
Hoje ela vai receber é muito aplauso”, discursou. Dilma seguiu com referências
à candidata Marina. “Tem gente aí dizendo que não é estratégico para o país
explorar o pré-sal. A quantidade de emprego de qualidade que isso vai gerar é
muito grande. São empregos próximos aos locais de produção.”
Os escândalos de
corrupção no governo do PT também foram abordados pelos candidatos na Baixada.
“Alguns noticiários colocaram sobre os ombros (de Dilma) responsabilidades
sobre as quais ela não tem. Mesmo quando estava com câncer, no fundo de sua
tragédia, ela conseguiu reunir forças e lutar por nós, lutar pela Petrobras e
colocar nosso país nos rumos do progresso. É uma guerreira!”, bradou Crivella.
“Nosso país precisa ter um compromisso com aqueles que desviam dinheiro
público, no combate a eles. Acabando com a impunidade. Não é possível no Brasil
que tenhamos pessoas que queiram viver com recursos que são do povo brasileiro”,
encerrou Dilma.
Fonte: O Dia
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