A maioria dos médicos
cubanos (74%), que chegarão ao Brasil na próxima segunda-feira (26), vão
trabalhar nas regiões Norte e Nordeste, informou ontem o secretário de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
"A vantagem dos acordos bilaterais é que eles estão vindo para aqueles locais onde o Brasil indica que é preciso um médico. São regiões que não foram escolhidas pelos médicos brasileiros nem estrangeiros", explicou. O secretário participou, durante a manhã, de um encontro preparatório sobre o Programa Mais Médicos com representantes de prefeituras paulistas.
"A vantagem dos acordos bilaterais é que eles estão vindo para aqueles locais onde o Brasil indica que é preciso um médico. São regiões que não foram escolhidas pelos médicos brasileiros nem estrangeiros", explicou. O secretário participou, durante a manhã, de um encontro preparatório sobre o Programa Mais Médicos com representantes de prefeituras paulistas.
Os 400 cubanos, que
devem chegar ao Brasil no final de semana, são a primeira leva de um total de 4
mil que estarão trabalhando no País até o final deste ano. O grupo supre menos
de um quinto das necessidades apontadas por essas cidades ao Mais Médicos.
Juntas, as cidades pediram 2.140 profissionais, e o ministério ainda estuda
quais serão atendidas nesse primeiro momento.
A maioria delas, 74%,
fica nas regiões Norte e Nordeste, sendo que 121 ficam no Piauí, 108 na Bahia e
90 no Maranhão. Os médicos estrangeiros que chegam esse final de semana - não
apenas os cubanos, mas outros 243 estrangeiros que fizeram inscrições
individuais - começam na segunda-feira, 26, três semanas de treinamento em
universidades brasileiras em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.
A chegada às
cidades de destino acontece na segunda quinzena de setembro.
Ontem, o ministro das
Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu a contratação dos médicos
cubanos durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
"Essa decisão foi tomada considerando-se o melhor serviço possível, não tem
uma motivação ideológica", afirmou. "Existem muitos médicos cubanos
dispostos a fazer esse trabalho. Talvez não tenham tantos austríacos, por
exemplo."
Patriota foi
questionado pelo deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que é médico, sobre
se havia algum tipo de acordo, um "escambo" entre Brasil e Cuba para
trocar investimentos, como a construção do Porto de Mariel, financiado pelo
governo brasileiro, e a vinda dos médicos.
"Não existe "escambo", isso nunca nos passou pela cabeça. São iniciativas totalmente distintas. O Mais Médicos trata da carência de médicos no País. Muitos países recorrem à vinda de médicos estrangeiros, é algo aceito internacionalmente como uma estratégia de saúde", afirmou.
"Não existe "escambo", isso nunca nos passou pela cabeça. São iniciativas totalmente distintas. O Mais Médicos trata da carência de médicos no País. Muitos países recorrem à vinda de médicos estrangeiros, é algo aceito internacionalmente como uma estratégia de saúde", afirmou.
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