Hoje o jornal O Dia
publicou a reportagem em que informa que o COI ainda matem o Rio de Janeiro
como sede das olimpíadas de 2016. A possibilidade dessa mudança drástica, ou
plano B do COI, seria pelo atraso no na andamento de varias obras para as
olimpíadas.
Que de fato há muitas
obras com o andamento lento ou ate mesmo parado, é fato, mas será que isso
justifica a possibilidade da retirada das olimpíadas do Rio? Na minha opinião
NÃO! O que há e muito preconceito com o Brasil, e o Rio de Janeiro por tabela.
Desde que a cidade
maravilhosa foi eleita sede dos jogos de 2016, o Rio vem sendo duramente criticado por jornais
internacionais. Em 2011 a ESPN dos Estados Unidos chamou os jogos tanto da Copa
quando das Olimpíadas do Rio de “jogos mortais”.
Em 2009 durante um
programa de TV o ator americano Robin Williams fez uma piada sobre a escolha do
Rio como sede dos jogos olímpicos de 2016, com a seguinte gracinha:
“Espero
que ela (Oprah) não esteja chateada com as Olimpíadas. Chicago enviou a Oprah e
a Michelle. O Brasil mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Não foi uma
competição justa”
Além dessas outras
manifestações em veículos de comunicação, principalmente dos EUA e Europa já fizeram
algum tipo de chacota com os jogos tantos da Copa, quanto das Olimpíadas no
Brasil.
A questão é, realmente
o Brasil possui muitas mazelas, e muitos problemas, como a violência urbana, a
precarização do transporte publico, etc... não foram e dificilmente serão solucionados, além disso os gastos para os jogos tem sido estratosféricos.
Porem falando
especificamente das Olimpíadas do Rio, acho que essa ameaça de tirar os jogos
daqui e muito para a questão do preconceito mesmo, pois já vimos outras cidades
terem dificuldades de finalizar os preparativos dos jogos e mesmo assim a
cidade escolhida se manteve sem que tivesse possibilidade real de transferência
desses jogos.
Um exemplo foi os jogos
olímpicos de 2004 em Atenas na Grécia cujas obras foram terminar quase no
inicio dos jogos daquele ano. Leiam um trecho da matéria da Folha daquele ano
que fala sobre esses atrasos:
“Atrasada, Atenas-2004 veste armadura”
Desde
1998, a advogada grega Gianna Angelopoulos-Daskalaki, 47, tem uma prioridade:
driblar disputas partidárias, críticas internas e calendários atrasados para
conseguir que, em 13 de agosto de 2004, Atenas esteja pronta para sediar os
Jogos Olímpicos.
Angelopoulos-Daskalaki
é presidente do comitê organizador de Atenas-2004. Em sua mesa de trabalho, os
problemas aparecem de todos os lados. A principal preocupação neste momento,
segundo relata em entrevista à Folha, é em deixar pronto um esquema de
segurança que seja impecável, deixando de lado temores de um atentado
terrorista durante a competição esportiva mais importante e mais vista no
mundo.
Cerca
de 45 mil agentes treinados irão participar do esquema. A preparação envolve
reuniões com outros países, como EUA e Israel, e está sendo chefiada pela
Scotland Yard, a polícia britânica.
O
orçamento para a pasta é de US$ 600 milhões -o maior da história já despendido
em segurança em uma organização olímpica. Apesar de crucial, nem todos os
contratos de equipes de segurança foram fechados.
"Ainda estamos procurando as melhores ofertas", disse o porta-voz do governo grego Christos Protopapas, responsável pela conta, na última quarta-feira.
"Ainda estamos procurando as melhores ofertas", disse o porta-voz do governo grego Christos Protopapas, responsável pela conta, na última quarta-feira.
A
relação entre o comitê organizador e o governo grego não é das melhores.
Segundo a imprensa local, Angelopoulos-Daskalaki está preocupada só em cumprir
os prazos. Reformas de estádios e ginásios, construções de novas sedes
esportivas e da própria Vila Olímpica estão bastante atrasadas. Muitas obras
tiveram que ser interrompidas porque se depararam com sítios arqueológicos
inexplorados, que possuem um valor histórico inestimável.
Muitas
das concorrências públicas para fornecimento de veículos de transportes e
alimentos nem sequer foram feitas. "Atenas fez um progresso significativo
nos últimos meses, quando deixou de planejar e passou a implementar. Estaremos
prontos em tempo."
A
necessidade é premente. Dois anos atrás, o Comitê Olímpico Internacional disse
aos organizadores que eles poderiam perder a sede dos Jogos se não apressassem
as obras.”
A ultima copa do mundo, que foi realizada na África
do Sul também teve muitas dificuldades de finalização das obras dos estádios:
“Com
atraso, Soccer City é inaugurado na África do Sul”
Principal
estádio da Copa do Mundo de 2010, o Soccer City foi inaugurado com atraso neste
sábado, em Johanesburgo. A cerimônia contou com presença do presidente
sul-africano, Jacob Zuma, bem como o chefe-executivo do Comitê Organizador da
Copa 2010, Danny Jordaan, e o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke.
A
primeira partida oficial na arena - antes, operários que participaram das obras
de construção disputaram amistoso - foi a final da Copa Nerdbank, entre Wits,
de Johanesburgo, e Amazulu, de Durban. O duelo começou com 30 minutos de atraso
por conta do trânsito e do elevado número de pessoas que tentava chegar ao
local.
A
situação ficou ainda mais complicada na região por conta da decisão do Super 14
de rugby, que será realizada em Soweto, em horário próximo ao da partida no
Soccercity. Com capacidade para 94 mil pessoas, o estádio que será palco do
jogo de abertura e da final da Copa do Mundo recebeu 76 mil pagantes, por
escolha da organização.”
O Objetivo desse artigo
não foi defender os governos que realmente estão mais perdidos que cego em
tiroteio, e sim reconhecer o erro do Brasil em se comprometer em realizar
dois mega eventos esportivos em curto espaço de tempo que vem torrando milhões,
melhor dizendo, bilhões que poderiam serem gastos em necessidades emergenciais
do nosso Pais, como saúde educação, infraestrutura como a energética, e tantas
outras de um País ainda carente, com milhões pessoas morando em favelas sem
saneamento básico.
O objetivo também foi em
mostrar que, já que entramos no barco, agora e bola para frente e assumir o que
já começou sem baixar a cabeça para ninguém, temos potencial. O Brasil merece
respeito, e no caso particular do Rio em relação aos jogos de 2016, o Brasil
precisa dar esse aporte à cidade, já que foi o governo federal que nos meteu
nessa e não aceitar em hipótese alguma qualquer possibilidade de transferência de
nenhuma modalidade esportiva, isso seria sim uma forma de boicote ao Rio que já
foi e muito sacaneado neste País desde que deixou de ser capital federal.
Por Uanderson
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