Nesta semana os deputados da bancada dos estados não produtores enfim puderam comemorar o ano de 2013 com a “vitoria” sobre os estados produtores na guerra dos royalties, como um rolo compressor conseguiram derrubar o veto da presidente Dilma.
Durante a votação
vários desses parlamentares, ergueram placas com mensagem dizendo que a
derrubada dos vetos era uma “vitoria de todos”, com a truculência que faz parte
de sua estirpe, alguns deles ainda debocharam dos deputados da bancada
fluminense, comemoraram a vitoria de uma ação estúpida inconstitucional sem se
importarem como os estados produtores farão para reorganizar suas finanças sem
essa verba.
Muitos desses
trogloditas dizem que o Rio de Janeiro não produz nada que é um mero interposto
e que por isso não tem direito de receber esse valor, que por sua vez deve ser
repartido entre os entes da federação como uma tabua salvadora para seus
municípios falidos.
Se o Rio não produz nada então porque não transferem também as plataformas de petróleo e o petróleo ali existente para o nordeste? Podem levar consigo as industrias que estão ali poluindo e trazendo a cada dia um “bando” que aumenta ainda mais a população dessas cidades trazendo problemas sociais como a favelização.
Os royalties do
petróleo foi proposto na constituição de 1988 como uma forma de compensar os
estados onde ocorre a exploração petrolífera de danos dessa atividade, assim
como também foi uma compensação ao fato de que na formulação dessa mesma
constituição o ICMS do petróleo ganhou um tratamento diferenciado dos demais
produtos, onde este passaria a ser descontado no destino e não na origem.
Ou seja cairia na conta
onde é consumido e não extraído. Muitos podem dizer, há todos consomem
derivados de petróleo então todos ganharam, porem não e bem assim, o maior
beneficiado com essa medida foi São Paulo, por ser o maior consumidor dos
derivados de petróleo, já que possui o maior parque industrial da America
latina, possuidor da maior frota de carros etc...
Da mesma forma que para
que se pudesse mudar a forma de cobrança do ICMS teria que fazer alteração na
constituição, assim teriam que fazer no caso dos royalties, e não apenas como
uma lei feita atropelando a própria constituição.
Mais perplexo ainda
fico ao ver a AGU dizer agora que ira apoiar o texto aprovado, sem os vetos da
presidente, sendo que antes eles apoiaram a decisão da presidente. Isso somente
confirma o que eu já achava, que o próprio governo esta metido nisso tudo, e
que o veto da presidente na verdade foi tudo uma encenação.
Os deputados da bancada
dos NÃO PRODUTORES, para justificar essa lama toda, disseram que foi uma
vitoria da democracia pois foi a maioria que decidiu. Na verdade foi sim a
vitoria da insensatez, da truculência, um verdadeiro canibalismo federativo,
tomaram de assalto sim esses recursos dos estados produtores.
O Rio assim como os
demais produtores recebem esse valor desde a promulgação da constituição, e por
isso possui investimentos, seja obras, programas sociais que utilizam esses
recursos, e sendo extirpados de uma hora para outra ira criar um grande
problema para esses estados, sobre tudo o Rio de Janeiro com tantas obras, para
olimpíadas e a Copa.
Considerar democracia a
atitude desse “grupo” e o mesmo que achar normal um arrastão por exemplo! Sim,
afinal, se um grupo de desocupados resolver a qualquer tempo fazer a limpa numa
praia ou em outro lugar qualquer teriam a mesma legitimidade, se comparando a
atitude dos “nobres” deputados, afinal
foi a maioria que decidiu “passar o rodo”!
Da mesma forma que
fizeram isso com o Rio, por assim acharem uma maneira fácil e rápida de ganhar
dinheiro, usurpando a verba alheia, a manha outros poderão querer fazer o
mesmo, acabando com a Zona Franca de Manaus, os royalties do minério, das
águas, afinal se o minério esta no solo de Minas, pertence a todos, porque o
solo antes de ser de Minas, e da nação! As águas de Itaipu não nascem no
Paraná, e mesmo que nascesse, se esta no solo do Paraná, esta no solo do
Brasil, então todos tem direito! Que diabo de Pais é esse de dois pesos e duas
medidas?
O Rio de Janeiro a
muito tempo é massacrado neste País, a questão dos royalties mostra como este
estado e tratado, enquanto recebemos admiração em todo mundo, aqui percebe-se que
os demais entes federativos tem o prazer de nos ver catatônicos. Lembro que
alguns anos atrás quando a cidade do Rio sofria com a violência urbana, faziam
piadas desta cidade, deboche de todos os tipos, na TV nem se fala, o programa
Casseta & Planeta era mestre nisso, hoje vemos estados ate então livre da
criminalidade, como Santa Catarina sofrendo com ônibus queimados, e a reação de
todos inclusive da imprensa e bem diferente, ao invés do deboche, vejo a solidariedade.
Isso e para os cariocas
e fluminenses tomarem como aprendizado, o Rio desde a época quando era a capital
do Brasil, sempre teve uma visão nacional, grandes movimentos sociais, como por
exemplo o da erradicação da pobreza surgiram de pensadores, estudiosos,
intelectuais desta cidade. Enquanto o Rio se preocupava com a nação, vemos nos
demais estados o contrario, o verdadeiro cada um por si e Deus por todos.
Que o
Rio de Janeiro daqui para frente passe a adotar a mesma regra: Primeiro EU,
segundo EU, terceiro? Eu também! Viva e republica das bananas!
Por Uanderson de Aquino.
assino embaixo, sempre fomos discriminados
ResponderExcluirObrigado por sua participação!
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