Neste inicio de ano, a palavra crise vem se tornando comum nos noticiários. Seja na economia, onde nosso País registrou um “PIBINHO” em 2012, e para 2013 o prognostico também não e dos melhores, na saúde no final do ano passado ficamos estarrecidos com a noticia que em São Luis capital do Maranhão possuía apenas duas ambulâncias, para dar conta de uma população de mais de um milhão de habitantes.
E agora nas vésperas do
carnaval, época em que o povo brinca e esquece dos problemas que nos atormenta
o ano todo, a palavra crise mais uma vez entre em cena. Aqui no Rio de Janeiro,
as escolas de samba estão com problemas para concluir o carnaval, com exceção de poucas como a Beija
Flor, as demais estão com o calendário apertado.
A Portela ate o inicio
deste ano estava com as alegorias ainda “no ferro”. Porem a palavra crise também
atormenta outras cidades, algumas inclusive já anunciaram o cancelamento do
carnaval. Cidades como São Luis( MA), Petrópolis ( RJ), Ilhéus( BA). No estado
de São Paulo cancelaram o carnaval as cidades de São Carlos, Barretos,
Caçapava, Guaratinguetá, Lorena e São José dos Campos.
Porem o cancelamento
que mais me chamou a atenção foi do carnaval de Florianópolis. Os desfiles das
escolas de samba de Florianópolis vem ganhando
representatividade cada ano que passa, e nesta semana a liga das escolas de samba de Florianópolis anunciou o
cancelamento dos desfiles deste ano por falta de verba.
Lendo nos jornais, li
muitos comentários aplaudindo a decisão dessas cidades em cancelar o carnaval,
onde o principal motivo e o repasse de verba para as escolas de samba e outras
organizações de carnaval. Na visão dessas pessoas o estado não deve financiar o
carnaval, e sim saúde, educação etc...
Olhando por esse ângulo
realmente, saúde, educação, segurança são prioridades em qualquer lugar, aqui
ou em Marte, porem investir no carnaval não e jogar dinheiro no lixo, assim
como alguns enxergam o investimento no carnaval.
Alem de ser uma festa
popular, uma manifestação legitima da cultura brasileira, que gera momentos de
alegria para um povo sofrido, investir no carnaval também e uma forma de
investir no turismo. Algumas cidades, mesmo que de pequeno porte, como
Diamantina em Minas Gerais chega a receber 30 mil turistas nesta época, gera
emprego para todo o setor de serviços, como hotelarias, bares, etc..
Será que a crise e tão
grave assim que se justifique tamanha violência que é desprover o povo de um dos poucos momentos que se tem de
alegria? Será que existem outras coisas por trás? Se a população não quer
dinheiro publico envolvido no carnaval, acho que daqui para frente devemos
estar mais atentos e também coibir que dinheiro publico seja investido em eventos
religiosos, pelo Pais a fora que sabemos que rola solto!
O Brasil na constituição
diz ser um Pais Laico, mas nossos governantes que só pensam neles próprios de
olho no eleitorado, concede agrados para “religiosos”, como a recente concessão
do passaporte diplomático para o bispo Waldemiro. Algumas organizações
como a associação LGBT cobrou do Itamaraty o mesmo privilegio.
Voltando ao tema, acho
uma pena a decisão das cidades para o cancelamento do carnaval local, acredito
que as organizações carnavalescas junto com o governo de transição deveriam ter
entrado em um acordo ainda no ano passado, buscando alternativas de
financiamento para o carnaval com a iniciativa privada, e não esperar
praticamente as portas do carnaval para anunciar que não tem dinheiro para
investir.
Enquanto para uns
carnaval e sinônimo de prostituição, violência, e desperdício de dinheiro, para
mim, carnaval e tempo sim , de alegria, de cultura e também de ganhar dinheiro.
Pois tudo depende do ponto de vista particular de cada um.
O Natal por exemplo
pode ser época de festa familiar, de lembrar o nascimento de Cristo para uns,
para outros pode ser época de consumo exacerbado, de bebedeira e hipocrisia
estridente, como aqueles familiares que se engalfinham durante o ano todo e no
Natal se abraçam com frases de fraternidade que soam falsidade.
Mas se a desculpa dos políticos
para o cancelamento do carnaval e por investir em saúde e educação, vamos então
ficar em cima e cobrar que esses recursos sejam usados da forma que anunciaram.
Porem para mim tudo não passa de puro marketing político. O tempo será a voz da
razão!
Por Uanderson
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