O encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial termina neste sábado (26), com a constatação, no que se refere aos mercados emergentes, de que a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perdeu brilho e, a rigor, acaba reduzida ao C, de China.
"A China joga em
um campeonato próprio", comentou, por exemplo, John Defterios, editor de
Mercados Emergentes da CNN, em debate ontem sobre tais mercados.
O programa irá ao ar
amanhã e dirá que "a narrativa sobre a ascensão inevitável e impressionante
dos Brics" que marcou Davos nos últimos anos agora está sendo substituída
por uma avaliação "mais nuançada".
O que é explicável: o
crescimento desses países deixou de ser luminoso. Mesmo o da China, na
imponente altura dos 7,8%, é o menor desde 1999 --ou seja, desde antes de o
Goldman Sachs inventar a sigla, em 2001.
O Brasil é um caso
particular de desapontamento: pelas contas do FMI (Fundo Monetário
Internacional), cresceu no ano passado apenas 1%, menos da metade do desempenho
da África do Sul (2,3%), o segundo pior resultado do grupo.
Como se fosse pouco, a
fila anda: já estão na pista os chamados "Próximos 11", países
emergentes candidatos a tomar o lugar do que Defterios chamou de "velha
guarda". Entre eles, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Turquia.
De certa forma, o
México já atropelou o Brasil como o novo queridinho dos mercados, pelo menos no
âmbito latino-americano, até porque cresceu quase quatro vezes mais que o
Brasil.
A Nigéria, segundo o
presidente de seu banco central, Sanusi Lamido Sanusi, prepara-se para dar um
salto para um crescimento de dois dígitos. Para isso, precisa "reexaminar
sua relação com a China", de forma a produzir valor agregado na própria
África para vender para o país asiático, em vez de simplesmente exportar commodities.
É significativo que
Carlos Ghosn, o marroquino-brasileiro que preside a Renault-Nissan, tenha
cobrado "o desafio à lógica" que representa o fato de o Brasil
exportar minério de ferro para a Coreia do Sul, por exemplo, e importar
produtos acabados. Ou seja, não produz o valor agregado que a "nova
guarda" coloca na agenda.
Fonte:
Opinião
A minha opinião e a
seguinte: Lamentável a posição do Brasil de não reconhecer que o atual modelo econômico
esta nos fazendo andar para tras, um Pais como o nosso com tantas
potencialidades se conformar em ser um mero exportador de matéria prima.
Ate quando essa equipe econômica
e a presidenta Dilma vão continuar se enganando de que o Brasil esta no caminho
certo? Quando a "mesa" virar e nosso Pais entrar em uma recessão e o índice
de desemprego chegar ao nível espanhol, 26%?
por Uanderson
0 comments:
Postar um comentário