Inicio este artigo já declarando
minha opinião, que o impeachment de Dilma é golpe ao contrario do que a grande mídia
vem tentando fazer em legitimar a derrubada da presidente da republica na
marra.
A constituição
brasileira prevê a possibilidade do afastamento do presidente da republica,
porem sem crime e um atentado a democracia. Não venho aqui por panos quentes
nos escândalos de corrupção em que o PT aparece como protagonista, a justiça
deve ser feita contra todos aqueles que participaram da esfoliação dos cofres públicos.
Mas contra a presidente
da republica, não há nada justificável que a retire do cargo, o que se vê são
forças já acostumadas pelo poder, como a Fiesp e grande parte da imprensa,
sobre tudo a TV Globo, usando subterfúgios na tentativa de legitimar esse golpe
perante a opinião publica, sobre tudo a população de baixa renda que ao
contrario do impeachment de Collor, onde todos foram as ruas de cara pintada
pedindo a saída do mesmo da presidência, desta vez não há apoio de grande parte
da população, pelo contrário, vemos uma nação dividia.
No caso em questão além
de não haver consistência no pedido de afastamento da presidente, ainda vemos o
presidente da câmara dos deputados, Eduardo cunha, mas sujo que pau de
galinheiro regendo o processo de afastamento da presidente da republica ao
mesmo passo que usa toda sua “tropa” para frear o seu afastamento na câmara no
conselho de ética.
Isso sim é um escândalo,
mas a grande imprensa pouco fala, já que o que importa no momento e afastar a
presidente da republica e não o presidente da câmara dos deputados.
E para inflar ainda
mais essa bagunça que se tornou o Brasil ainda vemos o vice presidente Michel
Temer tramando nos bastidores a derrocada da presidente Dilma, ao ponto de já ate
estar ensaiando a fala de posse a nação em áudio que vazou e que Temer diz ter
sido “acidental”.
O tal áudio, teria sido
encaminhado a parlamentares de seu partido, mas vazou. Nele Temer diz que não
vai acabar com o bolsa família, o Prouni etc.., claro na tentativa de engambelar
a população, sobre tudo os que votaram em Dilma, já que ele sabe que terá um
governo divido, sem apoio de grande parte da população e da mídia, sobre tudo a
internacional, (a nacional nem tanto, a maioria apoia o golpe).
Se Dilma cometeu crime
de responsabilidade com as tais “pedaladas fiscais” que e o carro chefe do
pedido de impeachment, então teriam que sair os dois, Dilma e Temer, afinal ele
é o vice presidente e pela lógica, ele participou ou deveria participar do
governo, e suas decisões, afinal para que serve um vice presidente? Para esquentar
cadeira? E na bagunça que se tornou o Brasil ainda vemos uma espécie de
anarquia entre os poderes.
O ministro do supremo Marco
Aurélio Mello concedeu uma liminar obrigando o presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a aceitar um pedido de impeachment de Temer que havia
sido arquivado em janeiro, ai vem um grupo ate então desconhecido , denominado
Movimento Brasil Livre (MBL), e protocolou um pedido de impeachment contra o
ministro Marco Aurélio de Mello, ou seja virou uma bagunça, uma espécie de
guerra de impeachment, virou moda.
Será que se a bagunça se
tornar generalizada com a possível saída de Dilma e o Brasil ficar ingovernável
e as forças armadas tiver que tomar as rédeas da situação, vão pedir o impeachment
do comandante das forças armadas?
Bom acho que não, na
mira do fuzil, como diria a sabedoria popular: Quem tem cu, tem medo!
Por Uanderson
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