O caso de uma
menina de 11 anos que engravidou após ser estuprada pelo padrastro colocou o
direito ao aborto no centro do debate político no Chile. A discussão ganhou
força com as declarações do presidente Sebastián Piñera, cujo governo defende a
legislação em vigor, que proíbe todo tipo de interrupção da gravidez.
A vítima, chamada
Belén, vive no sul do país e está grávida de pouco mais de três meses. O drama
da garota fez com que médicos e setores da oposição passassem a pedir a revisão
da lei que proíbe a interrupção da gravidez.
Belén, por sua
vez, disse que, apesar do grau de violência sofrido, quer manter a gestação.
"Para mim vai
ser como uma boneca que vou amar muito apesar de ser deste homem que me
machucou tanto", disse a menina ao Canal 13 de televisão.
Apesar da
disposição da vítima, o presidente do Colégio Médico do Chile (associação que
reúne os cirurgiões do país), Enrique Paris, disse que a interrupção da
gravidez em casos assim é pertinente e que a lei precisa ser revista.
Para ele, o
departamento de Ética do Colégio Médico tem uma posição clara ao defender que o
aborto terapêutico deve ser legalizado no país "nos casos em que a vida da
mãe está em perigo e que o feto seja inviável, e no caso de violação."
"Imaginem uma
menina de 11 anos grávida. Ela corre risco, e o bebê pode nascer com
deformações", afirmou.
Fonte:
http://omossoroense.uol.com.br/index.php/mundo/52826-garota-de-11-anos-gravida-de-estuprador-reacende-debate-sobre-aborto-no-chile
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