A família do pequeno
Rafael Soares da Silva, não teve o que comemorar no aniversario de sete anos do
menino, que aconteceu na última sexta-feira (7). O garoto que tem um tumor
maligno no cérebro está internado em estado grave na Unidade de Tratamento
Intensivo UTI do Hospital de Pediatria desde janeiro quando teve o quadro clínico agravado pela doença.
O sofrimento de Rafael
vem se prolongando ao longo dos últimos cinco anos. De acordo com os pais, a
situação piorou por que o estado negou-se a prestar a assistência médica que o
menino precisava.
A mãe do menino,
Cleidelene Soares da Silva, contou que o aos dois anos, o filho foi levado ao
Pronto Atendimento Infantil – PAI – com dores na cabeça e principio de
pneumonia. Ela contou que Rafael perdeu os movimentos das pernas e ficou com o
pescoço endurecido. Foram quase sete meses internado naquela casa de saúde.
Somente após esse tempo
foi que os médicos descobriram a doença do menino, isso depois dele ser
submetido a uma tomografia. O resultado atestou que a criança estava com
hidrocefalia – doença causada pelo acumulo de liquido em cavidades do cérebro –
e um pequeno tumor próximo ao cerebelo.
A família contou que o
menino foi submetido a um procedimento cirúrgico para colocar uma sonda no
cérebro que permitia a retirada da secreção provocada pelo tumor.
O procedimento realizado no Amapá fez com que o menino voltasse a ter os movimentos das pernas. Passados alguns dias, Rafael passou por uma cirurgia e teve 5% do tumor retirado. De acordo com os médicos, na época o estado não disponibilizava de um aparelho que diagnosticava se o paciente estava com sinais vitais durante a cirurgia.
A família teve que
viajar e levar a criança para Belém, Pará aonde o menino foi submetido ao
processo de quimioterapia e radioterapia. O tratamento durou cerca de dois
meses e em seguida o menino foi encaminhado para a cidade de Ribeirão Preto, em
São Paulo, onde Rafael passou por uma nova cirurgia.
Nessa altura, a doença
já havia se desenvolvido. Os médicos paulista conseguiram remover o tumor quase
que na sua totalidade que ficou reduzido ao tamanho de um grão de arroz.
Segundo os médicos, a retirada total poderia causar a morte do paciente. Por
isso optaram em elimina-lo com o tratamento de quimioterapia.
Após o tratamento em
São Paulo, a família retornou para Macapá. Os pais contaram que o menino voltou
a ter uma vida aparentemente normal. Passados alguns anos, Rafael voltou a se
queixar de dores na cabeça. No mês de dezembro do ano passado, Reginaldo de
Jesus, pai do menino, levou o filho para ser atendido no Pronto Atendimento
Infantil – PAI.
Segundo ele no PAI, os
diagnósticos diziam que o menino apresentava um quadro de pneumonia, porém,
Rafael não parava de se queixar das dores na cabeça. No dia 12 de dezembro,
graças à solidariedade de uma mulher, que pagou a tomografia, o menino realizou
o exame onde acabou sendo diagnosticado que o tumor havia se desenvolvido.
No dia 21 de janeiro, o
estado grave da criança se agravou e ele retornou ao PAI onde ficou internado.
Por conta do estado clinico, Rafael teve ser encaminhado para a UTI.
A família denuncia o
descaso pelo qual a doença do menino foi tratada pelo estado. Por conta da
gravidade, Rafael teria que ser submetido a uma cirurgia, que não aconteceu por
falta de um medicamento conhecido como gelfoan – gel absorvível usado durante
procedimentos cirúrgicos. Por causa da falta deste medicamento, a cirurgia do
garoto teve que ser desmarcada por três vezes.
O medicamento foi doado por
médicos do Hospital de Barretos(SP) que visitaram o menino na UTI e está com a
família agurdando a nova data para a cirurgia.
Se não bastasse o
medicamento, o estado se negou a doar o suprimento alimentar recomendado pelos
médicos, um composto de amido de milho conhecido como “espessante alimentar”.
Segundo os pais de Rafael, o estado teria dito que não havia dinheiro para
comprar o produto que em São Paulo custa cerca de R$ 150 a lata.
Após uma pressão movida
por um advogado da capital, que resultava em multa ao estado no valor de R$ 3
mil por dia de atraso, a família acabou recebendo o produto.
Estado critico
A demora na realização
da cirurgia acabou agravando o estado clinico de Rafael que de acordo com a
família, acabou adquirindo uma bactéria na UIT que causou a perda nos
movimentos das pernas e braços, a fala, a visão do olho esquerdo e parte no
olho direito.
Cleidelene relatou que
os médicos dizem que o filho ainda esta vivo, por que respira com a ajuda de
aparelhos. Reginaldo contou que o filho responde apenas com lagrimas, quando
ouve a voz do pai. Segundo a mãe, o filho está muito deblitado, pesando cerca
de 8 quilos.
Os pais tem esperança
que o quadro clinico de Rafael possa se reverter, porém, culpam a negligencia
do estado como principal causa para o agravamento da doença de Rafael.
Fonte: a Gazeta
OPINIÃO
E um absurdo ler essa
noticia e ver todo o sofrimento dessa família. O estado se negar em comprar uma
lata de suplemento alimentar de 150 reais?! Mas para coisas sem importância os
políticos desses lugares arrumam dinheiro ate do inferno. Quando a escola de
samba Beija Flor homenageou Macapá teve patrocínio milionário deste estado.
Infelizmente nascer
pobre num País como o nosso, e ser condenado ao sofrimento e a humilhação.
Desejo a essa família força, e que Deus possa fazer o que seja de sua vontade,
que esse pequenino possa ter atenuado esse sofrimento todo.
Uanderson
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