Enquanto o Brasil discute a redistribuição dos royalties do petróleo, após as recentes descobertas de bacias em Campos e entre Sergipe e Alagoas, o terceiro estado mais pobre do Brasil - Alagoas - acumula, no momento atual, prefeituras com verdadeiros “barões” do petróleo. São políticos que, em alguns casos, comandam há anos redutos eleitorais milionários no repasse da verba federal. Os prefeitos representam esta “força”.
O “bilhete premiado” dos royalties rendeu, ano passado, em Alagoas, quase R$ 36 milhões (exatos R$ 35.930.905,81), segundo números da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP). E alguns dos maiores produtores nacionais do “ouro negro” estão em Alagoas - como é o caso de Coruripe e São Miguel dos Campos.Os dois municípios da zona sul alagoana somaram quase R$ 26 milhões, em royalties, ano passado. São Miguel dos Campos, R$ 5,8 milhões (exatos R$ 5.830.507,74) e Coruripe quase quatro vezes mais - R$ 20 milhões (exatos R$ 20.050.003,04).
Até o ano passado, São Miguel era administrada pelo usineiro Nivaldo Jatobá - dono da maior parte das terras da região. Ele perdeu o posto ano passado para o ex-deputado estadual George Clemente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a então prefeita de São Miguel, Rosiane Santos, tinha um relacionamento estável com o usineiro.
Vinte anos após o domínio de Jatobá, George Clemente é o novo “barão do petróleo”, ao lado do deputado federal (e usineiro) João Lyra (PSD)- que assumiu a tarefa de ser interlocutor do prefeito em Brasília.Coruripe tem o seu barão mais famoso: João Beltrão.
Fonte: Jornal Extra de Alagoas
http://www.extralagoas.com.br/noticia/1256/esta-semana-nas-bancas/2012/03/01/prefeitos-no-prestam-contas-do-dinheiro-dos-royalties.html
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