Não se trata dos mortos
em obras ou vítimas da violência comum, e sim daqueles que morrem de tanto
trabalhar.
São 1.600 chineses por
dia, de acordo com a China Radio International, controlada pelo estado. A
estimativa do China Youth Daily de 600 mil pessoas por ano é levemente maior.
É difícil chegar a um
número confiável porque a ligação entre o trabalho e a saúde é muitas vezes
nebulosa, mas alguns casos já se tornaram notórios, como o de Lin Jianhua, de
48 anos, que trabalhava há 26 como regulador do sistema financeiro oficial.
No final de abril, ele
morreu depois de passar a noite inteira preparando um relatório.
Seus empregadores
lançaram um comunicado afirmando que para aprender com o caso, os chineses
deveriam "ser como ele, sempre firme em seus ideiais e crenças, o
interesse geral, leal à causa do partido e das pessoas, à contínua luta
sacrificando tudo".
A rede social de
microblog Sina Weibo, uma espécie de versão chinesa do Twitter, é cheia de
relatos e reclamações sobre empregadores que pressionam seus funcionários a
trabalhar por cada vez mais mais horas.
No centro financeiro de
Pequim, 60% dos trabalhadores reclamam de trabalharem além do limite legal de
duas horas extras por dia, de acordo com uma pesquisa realizada por Yang
Heqing, reitor da Escola de Economia do Trabalho da Universidade Capital de
Economia e Negócios, citada pela Bloomberg.
A morte por excesso de
trabalho tem até nome: guolaosi na China e korashi no Japão.
Fonte: Exame
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