Rio de Janeiro - Brasil

BEM VINDOS AO BLOG UAN Noticias

Blog de discussão dos assuntos do nosso cotidiano. .

Busca por enfermeiros gera atrito entre Alemanha e Brasil

Na Alemanha a enfermagem e uma profisão de nivel medio/ tecnico.

Carnaval de 2025 terá 3 dias de desfiles no Rio

transmissão pela Globo agora sera domingo, segunda e Terça de carnaval.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Anomalia Magnética no Sul e Sudeste do Brasil intriga cientistas

 

A sigla é inspiradora: Amas, mas o significado ainda é um mistério para a ciência: é a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, uma espécie de defasagem na proteção magnética da Terra localizada sobre o Atlântico Sul, mais especificamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, faixa que se estende até o Continente Africano.  

Para tentar entender o fenômeno, especialistas estudam o campo magnético do planeta, que é gerado no núcleo de ferro líquido superaquecido a pelo menos 3 mil quilômetros de profundidade. O campo magnético, uma espécie de escudo protetor contra radiação cósmica e ventos solares, surge a partir das correntes elétricas na região, entre outros fatores.

Cientistas afirmam que esse campo magnético é dinâmico e por variar a intensidade em força e direção pode gerar efeitos como a AMAS. Ela ainda é estudada e monitorada por agências espaciais, como a ESA (Agência Espacial Europeia), a Nasa (agência espacial norte-americana) e também do Brasil, que lançou recentemente ao espaço um nanossatélite com essa missão, o NanosatC-BR2.

No primeiro momento, as agências espaciais querem entender o fenômeno que pode avariar os satélites que passam pela órbita da Terra, explica o doutor em Física e pesquisador do Observatório Nacional, Marcel Nogueira.

”Por que as agências espaciais têm interesse na anomalia? Porque como essa região tem um campo mais enfraquecido, as partículas do vento solar entram nessa região com mais facilidade, o fluxo de partículas carregadas que passam por aquela área é muito mais intenso. Isso faz com que os satélites, quando passam por essa região, tenham que, por vezes, ficar em stand by, desligar momentaneamente alguns componentes para evitar a perda do satélite, de algum equipamento que venha a queimar. Porque a radiação, principalmente elétrons, nessa região é muito forte. Então é de interesse das agências espaciais monitorar constantemente a evolução dessa anomalia, principalmente nessa faixa central.”, explica.

A ESA já alertou para o crescimento gradativo da Amas entre 1970 e 2020. De acordo com estudo publicado no ano passado, o campo magnético da Terra perdeu 9% de força nos últimos 200 anos, sendo o maior impacto na região da anomalia.

Além do funcionamento dos satélites, especialistas alertam que com a baixa na retaguarda em um ponto específico do planeta, ficamos mais suscetíveis a tempestades magnéticas que podem afetar o dia a dia tecnológico na Terra.

Para Marcel Nogueira, entender essas particularidades pode orientar na precaução de blecautes, como o ocorrido em Quebec, no Canadá, em 1989, quando milhões de habitantes ficaram sem energia elétrica e tiveram transmissões de rádio interrompidas.

“Se gente estuda as tempestades, temos condições de melhorar o nosso sistema de distribuição de energia elétrica e protegendo, evitar esses blecautes. Porque na vida que a gente tem hoje em dia, tão dependente da tecnologia, qualquer tipo de apagão no sistema elétrico, de qualquer país, gera prejuízo de milhões ou até bilhões de dólares. É algo muito importante para nossa vida tecnológica”, diz.

No Brasil, além do nanossatélite lançado ao espaço em março em uma parceria com a Agência Espacial Russa, também há dois observatórios magnéticos que, entre outras missões, estão focados em responder questionamentos sobre essa anomalia: Vassouras, no Rio de Janeiro, e Tatuoca, no Pará. Ambos fazem parte da Rede Global de Observatórios Magnéticos, o Intermagnet.

SegundoMarcel Nogueira, os que operam no Brasil são bem modernos, apesar de o geomagnetismo ser uma das ciências mais antigas da humanidade. Ele diz que o trabalho na órbita do planeta, feito pelos satélites, e no solo, pelos observatórios, são complementares.

”Além de ser uma ciência extremamente antiga, de eles servirem para medidas relevantes, estudar fenômenos geomagnéticos, também servem de fonte de calibração para os satélites que estão fazendo medidas. São métodos complementares.”

Sobre o mistério da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, popularmente associado aos eventos no Triângulo das Bermudas, Marcel prefere dizer que o fenômeno é muito mais um desafio tecnológico e que não há conclusões que apontem riscos do fluxo das radiações cósmicas na vida humana.

Fonte : CNN

https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/saiba-o-que-e-a-amas-anomalia-magnetica-do-atlantico-sul/

 

Terceira parcela do Pé-de-Meia começa a ser paga nesta segunda-feira

 


O Ministério da Educação (MEC) destaca que o programa tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público.

Até 4 de junho, o valor do incentivo será depositado para os estudantes na conta aberta pela Caixa Econômica Federal, conforme o mês de nascimento do estudante.

>> Veja o calendário de pagamento da terceira parcela do Pé-de-Meia aos estudantes do ensino médio da rede pública de ensino:

 27 de maio: para nascidos em janeiro e fevereiro;

 28 de maio: para nascidos em março e abril;

 29 de maio: para nascidos em maio e junho;  

 31 de maio: para nascidos em julho e agosto;

 3 de junho: para nascidos em setembro e outubro;

 4 de junho: para nascidos em novembro e dezembro.

Depósito e movimentações

Os depósitos do Pé-de-Meia são feitos em contas digitais abertas automaticamente pela Caixa em nome dos beneficiados. Caso o estudante contemplado tenha menos de 18 anos, é necessário que o responsável legal realize o consentimento, autorizando-o a movimentar o valor.

Esse consentimento poderá ser feito em uma agência bancária da Caixa ou pelo aplicativo Caixa Tem, disponível para smartphones. Basta o responsável escolher a opção "Programa Pé-de-Meia" – "Permitir acesso a um menor". Se o aluno for maior de idade, a conta já estará desbloqueada para movimentação do valor recebido.

No App Caixa Tem, caso o responsável legal seja o pai ou a mãe do estudante, será necessário fazer o upload do RG do estudante. Caso o responsável legal não seja um dos pais do estudante, o consentimento deverá ocorrer em uma agência da Caixa.

A chamada poupança do ensino médio pode ser movimentada pelos seguintes canais: app Caixa Tem, caixas eletrônicos da Caixa, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui com uso de saque digital com cartão da conta. Em caso de dúvidas, basta acessar os canais digitais do MEC ou o aplicativo Jornada do Estudante.

Pé de Meia

Com o Pé-de-Meia, o MEC pretende democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

O programa foi instituído pela Lei nº 14.818/2024 e prevê o pagamento de incentivo à matrícula no valor de R$ 200, pago em uma parcela anual. O incentivo à frequência mensal é de R$ 200, que pode ser sacado a qualquer momento, e é pago em nove parcelas, totalizando R$ 1,8 mil por ano. Excepcionalmente em 2024, serão pagas oito parcelas do incentivo.

Adicionalmente, ao final de cada ano letivo do ensino médio concluído será realizado o depósito do Incentivo Conclusão no valor de R$ 1 mil, totalizando R$ 3 mil. O valor fica retido e somente poderá ser sacado da poupança após a conclusão dos três anos do ensino médio.

A participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) gera a parcela única adicional de R$ 200. Considerando todas as parcelas de incentivo, os depósitos podem chegar a R$ 9,2 mil por aluno.

Quem pode participar?

O Programa Pé-de-Meia é destinado a estudantes matriculados no ensino médio da rede pública de ensino. Não é necessário fazer inscrição no programa. Para participar, é necessário que o estudante cumpra os requisitos, como:

 pertencer à família inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);

 ter inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);

 ter idade entre 14 a 24 anos e estar matriculado no ensino médio regular das redes públicas;

 ter idade entre 19 e 24 anos e estar matriculado na educação de jovens e adultos (EJA) participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

 ter o mínimo 80% de frequência escolar;

 ter concluído o ano letivo com aprovação;

 ter participação em exames obrigatórios.

Para saber mais sobre o Pé-de-Meia, os interessados podem acessar o site do programa.

FONTE: SITE AGENCIA BRASIL

LINK DA NOTICIA

https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2024-05/terceira-parcela-do-pe-de-meia-comeca-ser-paga-nesta-segunda-feira

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Busca por enfermeiros gera atrito entre Alemanha e Brasil

 

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros a Berlim, em dezembro, teve elogios recíprocos e aprofundamento de parcerias, mas um tema provocou mal-estar entre os dois países: os esforços da Alemanha para atrair enfermeiros brasileiros.

O país europeu projeta um déficit de ao menos 280 mil enfermeiros nos próximos 25 anos, e uma das apostas de Berlim para preencher as vagas é contratar profissionais do exterior. Mas o ministro do Trabalho do Brasil, Luiz Marinho, não gostou da forma como a Alemanha vinha tentando atrair os brasileiros.

Ele reclamou com o ministro alemão do Trabalho, Hubertus Heil, em uma reunião privada entre os dois em Berlim em dezembro, e tornou pública a insatisfação no programa Café com o Presidente: "Estávamos com um problema relacionado com a intenção da Alemanha de trazer trabalhadores da enfermagem para trabalhar aqui na Alemanha. Mas não adotaram os procedimentos que nós tínhamos combinado", disse.

Qual é o conflito

Marinho e Heil assinaram em junho de 2023, em Brasília, um memorando de entendimento para estabelecer uma cooperação futura entre os dois países sobre migração de mão de obra qualificada. Mas, antes disso, Berlim já tinha outros canais para atrair enfermeiros do Brasil, em especial por meio de iniciativas desde 2018 da Agência Federal de Emprego alemã (Bundesagentur für Arbeit – BfA), que assinou um acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) em junho de 2022 para aprofundar esse recrutamento.

O Ministério do Trabalho brasileiro disse à DW que tinha a expectativa de que, após a assinatura do memorando de entendimento, o governo federal alemão suspendesse as iniciativas para atração de enfermeiros brasileiros até que a cooperação fosse estabelecida. Marinho pressionou para que o acordo entre a BfA e o Cofen fosse suspenso, o que ocorreu no final de 2023.

A suspensão do acordo também havia sido solicitada pela Federação Nacional dos Enfermeiros, que representa 15 sindicatos estaduais da categoria.

 

Desde então, o Ministério do Trabalho, o Cofen e entidades que representam os enfermeiros seguem realizando conversas sobre o tema. Marinho conduziu em março uma reunião a respeito, mas não há previsão de se e quando será firmado um novo acordo com balizas para a migração de enfermeiros brasileiros para o país europeu.

A BfA suspendeu a partir de janeiro novos programas de seleção de enfermeiros brasileiros. Enquanto isso, Berlim segue procurando parcerias do tipo com outros países – em março, o chanceler federal alemão, Olaf Scholz tratou do tema diretamente com o presidente da Filipinas, Ferdinand Marcos Jr.

Quais são os números

O Brasil tem 741 mil enfermeiros inscritos na atividade, além de 1,8 milhão de técnicos de enfermagem, segundo dados do Cofen. Os enfermeiros fazem curso de bacharelado, que dura cerca de cinco anos, enquanto os técnicos fazem uma formação de cerca de dois anos.

O país forma cerca de 50 mil novos enfermeiros por ano. Em 2022, segundo o Censo da Educação Superior feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 51.348 novos enfermeiros receberam o diploma. No mesmo ano, o Cofen registrou a inscrição de 49.489 novos enfermeiros na atividade – além de 133.9Na Alemanha, a enfermagem é uma profissão de nível técnico, com formação de três anos e menor autonomia e complexidade nas tarefas hospitalares. Em junho de 2023, o país europeu tinha 1,2 milhões de enfermeiros na ativa, dos quais 140.329 (12%) não eram alemães. A participação de brasileiros vem crescendo, mas é muito baixa: 1.252 eram do Brasil, ou 0,1% do total, segundo dados da BfA.

Devido à natureza diferente da formação em enfermagem no Brasil e na Alemanha, a comparação direta entre os números de enfermeiros é problemática. Uma aproximação, também imprecisa, é comparar a soma de enfermeiros e técnicos de enfermagem no Brasil com o número de enfermeiros na Alemanha. Nesse cálculo, o Brasil tem 11,8 desses profissionais de saúde a cada mil habitantes, enquanto a Alemanha tem 14,2 enfermeiros a cada mil habitantes.

Em 2023, o governo alemão informou que tinha a intenção de atrair até 700 enfermeiros brasileiros por ano para trabalhar no país.

Como funciona a migração de enfermeiros

Durante a vigência do acordo com o Cofen, a BfA anunciava periodicamente processos seletivos para enfermeiros brasileiros que desejavam migrar para a Alemanha. Os candidatos selecionados recebiam curso de alemão gratuito e uma bolsa mensal de 500 euros mensais (R$ 2.800) pelo período de 8 a 12 meses, para se dedicar exclusivamente ao aprendizado do idioma, até obter o certificado do nível intermediário B1.

Os enfermeiros depois se mudavam para a Alemanha, com voo custeado pelo recrutador e um visto com duração de até três anos para reconhecimento parcial de formação profissional. Eles eram inicialmente contratados por hospitais alemães como assistentes de cuidados – em uma seleção realizada em agosto de 2023, o salário bruto para essa função era de 2.540 euros (R$ 14 mil).

Por até 12 meses, os enfermeiros seguiam realizando curso de alemão gratuito, para alcançar o nível B2, e acumulavam o trabalho como assistentes de cuidados com a preparação para o exame prático e teórico de reconhecimento do diploma na Alemanha. Os profissionais tinham até três anos após a chegada ao país para serem aprovados nesse exame e, então, serem contratados como enfermeiros. Se não concluíssem o processo no período, ficariam sem visto e precisariam retornar ao Brasil.

Os enfermeiros que desejam migrar para a Alemanha ainda podem seguir esse roteiro, porém sem a atuação da BfA e do Cofen, mas individualmente ou por meio de processos de agências de recrutamento privadas, como já ocorre há alguns anos.

Algumas dessas agências foram alvo no passado de denúncias de assédio moral e desrespeito de direitos de enfermeiros que migraram para a Alemanha – um dos motivos que levaram o governo alemão a buscar o acordo formal de cooperação.

Um dos problemas denunciados era a exigência, por alguns recrutadores, de que o candidato devolvesse o valor do curso de alemão, da passagem e dos procedimentos de reconhecimento de documentos se decidisse rescindir o contrato – o que criava altas dívidas em euro para os enfermeiros que não se adaptassem e decidissem voltar ao Brasil durante o processo. Essa prática havia sido proibida no acordo entre a BfA e o Cofen.

Cofen via "oportunidade" para quem desejasse morar fora

O Cofen afirmou à DW que assinou o convênio com a BfA após ter sido procurado pelas autoridades alemãs, e indicado como o órgão competente para tal pelos ministérios da Saúde e do Trabalho do então governo Jair Bolsonaro.

Alberto Cabral, assessor legislativo do Cofen, disse que o órgão via o acordo como vantajoso para a categoria, pois estabelecia cláusulas e direitos para os profissionais e facilitava o caminho para os que tinham vontade de ter uma experiência internacional.

"Uma oportunidade para enfermeiros que quisessem morar em outro país, com certeza de boa remuneração e com a possibilidade de se desenvolver pessoalmente e profissionalmente", diz. Ele afirma que, na primeira rodada de seleção sob o acordo, havia 150 vagas e 5 mil currículos foram enviados.

"O Brasil tem uma capilaridade extraordinária de instituições de ensino superior e mão de obra excedente na enfermagem. Podemos contribuir com outras nações, assim como recebemos de outras, como pelo [programa] Mais Médicos reeditado no governo Lula", disse Cabral.

Governo reclama de "perda de trabalhadores qualificados"

O Ministério do Trabalho brasileiro tem uma visão diferente. Maíra Lacerda, chefe da assessoria especial de assuntos internacionais da pasta, disse à DW que o Cofen, por não ser uma entidade sindical, não tinha legitimidade para assinar um acordo do tipo, e que o governo recebeu reclamações de enfermeiros que migraram para a Alemanha, citando problemas como o fato de os profissionais serem inicialmente contratados como assistentes de cuidado.

"A formação de enfermeiro é muito forte no Brasil, uma graduação longa, com residência. É claro que os trabalhadores têm direito de ir aonde quiserem, mas temos resistência a perder trabalhadores qualificados", disse Lacerda. Ela também questionou o argumento do Cofen de que o Brasil teria excedente de enfermeiros.

"Se outros países estão precisando de pessoal qualificado, por que não pegam pessoas em locais de vulnerabilidade e dão formação e as levam para trabalhar lá? Por que vir aqui buscar um profissional que está pronto, formado, com investimento do governo brasileiro, e levar para lá sem contrapartida?", questionou.

Sua declaração reflete uma visão majoritária no atual governo federal sobre a mobilidade internacional de trabalhadores. No final de abril, Lula também criticou a americana Boeing por contratar engenheiros brasileiros. "Não é honesto vir aqui e roubar nossos engenheiros, sem gastar um centavo para formá-los", afirmou o presidente na ocasião.

A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Solange Caetano, disse à DW que o acordo "não era bom para os trabalhadores". Ela criticou a falta de referências sobre a preparação para se adaptar a uma cultura diferente da brasileira, e o fato de o enfermeiro permanecer na Alemanha por até três anos aguardando a validação do diploma e, enquanto isso, trabalhando como cuidador, o que, segundo ela, seria "subemprego".

Caetano também disse que não há desemprego na categoria, mas uma má distribuição dos profissionais, concentrados nos grandes centros urbanos e escassos nas áreas remotas. "Se o trabalhador quiser migrar, ok, a gente apoia desde que tenha condições garantidas, mas não estimulamos nem achamos que tem que ser estimulado."

A BfA afirmou à DW, por meio de nota, que "lamenta" a suspensão do acordo com o Cofen e entende que ele oferecia um mecanismo confiável para a "migração de trabalhadores de forma regulada, justa e ética, de acordo com padrões internacionais".

A agência alemã ressaltou que não tem a intenção de provocar "fuga de cérebros" de outros países, que respeita as preocupações do governo brasileiro e que interrompeu novas iniciativas de recrutamento após a suspensão do acordo. A BfA afirmou ainda que recebeu indicações do governo brasileiro de que as conversas sobre uma nova cooperação seguirão no segundo semestre de 2024, mas não comenta negociações em andamento.

O Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais alemão afirmou à DW que considera de "alta prioridade" a implementação do memorando de entendimento com o Brasil sobre migração de mão de obra qualificada. "É importante promover um intercâmbio no qual os dois países, assim como seus trabalhadores, beneficiem-se, e por meio do qual a imigração de mão de obra do Brasil seja intensificada."

A pasta ressalta que a maior parte da migração de trabalhadores ocorre de forma autônoma, por meio de canais privados de seleção, e que o governo alemão desenvolveu um selo de qualidade que obriga as agências privadas de recrutamento a conduzirem o processo de forma justa e transparente.

Fonte:

https://www.dw.com/pt-br/busca-por-enfermeiros-gera-atrito-entre-alemanha-e-brasil/a-69140257

 

Globo arrecada R$ 3,7 bilhões no 1º trimestre de 2024 e registra maior lucro desde 2016

 

 

A Globo teve um faturamento de R$ 3,7 bilhões somente no primeiro trimestre de 2024, alcançando uma marca que a empresa não superava desde 2016. O grande responsável pelo sucesso financeiro da emissora dos Marinho foi o Big Brother Brasil, com sua 24ª edição.

A informação sobre a arrecadação foi emitida em comunicado interno, enviado na segunda-feira, 27, e divulgado para a F5 nesta terça, 28. O documento mostra que a Globo alcançou o melhor EBITDA (Earnings before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization, em português: Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) desde 2016.

A empresa de mídia hoje soma R$ 2,33 bilhões em contratos fechados no período de janeiro a março deste ano, que foram inflacionados pela audiência do reality.

Segundo a publicação na F5, Paulo Marinho, diretor-presidente da emissora, confirma que o reality show e a publicidade na TV foram essenciais para o desempenho acima do esperado. Marinho informou que o programa comandado por Tadeu Schmidt se destacou como a maior audiência de uma final de programa desde 2021, ano em teve a cantora Juliette foi a vencedora.

Outros serviços da emissora também tiveram crescimento significativo. A assinatura do Globoplay, plataforma de streaming da empresa, obteve uma alta de 23%.

No total, a receita da Rede Globo cresceu em 12% em 2024 em relação ao ano anterior, somando os R$3,7 bilhões. O EBITDA final resultou em R$ 812 milhões.

Os rendimentos da emissora não param por aí e a direção espera aumentar o lucro com o Futebol no próximo semestre. A projeção para este ano é arrecadar ainda mais com os eventos esportivos, como Copa América e Eurocopa, marcados para ocorrer em junho.

Fonte:

https://istoe.com.br/vai-falir-globo-arrecada-r-37-bilhoes-no-1o-trimestre-de-2024-e-registra-maior-lucro-desde-2016/