O ministro da Saúde,
Ricardo Barros, disse que não vai controlar a qualidade dos serviços dos planos
de saúde.
— Ninguém é obrigado a
contratar. Não cabe ao ministério controlar isso - afirmou nessa
terça-feira.
Embora não esteja
preocupado com a qualidade, Barros já avisou que quer quantidade. Nos últimos
dias, vem repetindo a máxima de que, "quantos mais planos, melhor".
No raciocínio do ministro, engenheiro e deputado federal licenciado, quanto
mais pessoas estiverem na saúde suplementar, mais recursos sobram para custear
o SUS.
Para ele, o maior
problema no setor de saúde suplementar é a judicialização, a onda de ações
judiciais movidas por consumidores que exigem de planos a prestação de serviços
que as empresas se recusam a oferecer. O problema, avalia, é reflexo da
lentidão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em regulamentar o
setor.
Para a professora da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lígia Bahia, porém, as declarações
mostram desconhecimento do setor.
— O que ele não se
lembra é que mesmo pessoas com planos recorrem ao SUS, sobretudo quando se
tratam de procedimentos de alto custo — completa. — Os planos vendem uma
assistência, oferecem outra menor e a população recorre aos SUS.
Fonte: Zero Hora
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