No campo da saúde muito
se fala em equipe multiprofissional, mas há uma espécie de senso comum a figura
do medico como o profissional central nas equipes de saúde. Verdade seja dita que sua
presença e fundamental, quando buscamos atendimento hospitalar o que vem em
nossa mente a principio e que sejamos atendidos por um bom medico, que consiga
descobrir qual problema de saúde estamos naquela situação.
Porem há uma equipe de
diferentes saberes que contribuem cada um com seu conhecimento e responsabilização
no contexto da saúde, e dentro desta equipe há um profissional de grande importância
no bom funcionamento de qualquer unidade de saúde, seja publica ou privada, que
e o enfermeiro e sua equipe de técnicos. Para quem não entende a enfermagem e
uma área da ciência da saúde que reunia vários profissionais de diferentes níveis
de conhecimento e responsabilidade. Nela temos o Enfermeiro(a), técnico(a) de
enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira ( Obstetriz)
O técnico (a)de
enfermagem e o profissional que se formou no curso de nível médio técnico que possui
entre varias atividades a prestação dos cuidados direto ao paciente como aplicação
de injeção, administração de algumas medicações, cuidados de higiene ao
paciente, sendo supervisionado pelo enfermeiro. O auxiliar de enfermagem cuida
das funções mais básicas como banho, alimentação, etc...
Neste conjunto de
profissões vemos o enfermeiro, profissão que exige curso superior com duração
de cinco anos, que garante ao profissional conhecimentos técnicos e científicos.
Por esse motivo e o profissional legalmente habilitado a supervisionar os
demais profissionais de sua equipe, além de ser responsável por pela elaboração
da escala de sua equipe, de estabelecer o plano de cuidados de acordo com as
necessidades de cada paciente aos técnicos de enfermagem, o enfermeiro cumula
funções administrativas que somadas são imprescindíveis aos bom funcionamento
hospitalar .
Porem muitas pessoas
pensam que o enfermeiro e apenas um auxiliar do medico que esta ali apenas para
fazer o que o medico mandou, o que não e verdade, existem atividades que e responsabilidade
do enfermeiro que o medico não domina como realização de curativos por exemplo.
Mesmo com tamanha importância o enfermeiro sofre com baixos salários, isso
porque o piso nacional da enfermagem nunca foi instituído em sua totalidade,
alias ele somente se fez presente nas instituições públicas e mesmo assim
limitado pelas recentes decisões do STF.
Além de baixo salários,
excesso de tarefas, condições de trabalho precárias na maioria dos
lugares, principalmente em se tratando das instituições privadas, e comum ao
profissional da enfermagem o assedio moral, que vem de todas os lados, não são
poucos os relatos de assedio moral vindo por parte de médicos, quando não e o
medico vem dos próprios pacientes ou de seus familiares que desconta no
enfermeiro e sua equipe a insatisfação que na maioria das vezes não e culpa da
enfermagem, como o atraso no atendimento medico, ou a falta de médicos.
Muitos enfermeiros
reportam desdém dos usuários do serviço
de atenção básica, quando não tem medico atendendo e o paciente passa por uma
consulta com o enfermeiro. Se não tem medico o enfermeiro não e o culpado, e se
nem o enfermeiro tivesse para prestar o serviço possível como seria então a assistência
da população? As clinicas da família em grande parte ficam em áreas de
risco, comunidades em que muitos médicos não estão dispostos a trabalhar .
Segundo dados recentes
hoje a maior causa de afastamento do trabalho para os profissionais da
enfermagem e pela psiquiatria, depressão, ansiedade, burnout. Enfermagem
entre as profissões que mais causam depressão . Recentemente foi aprovado o
piso da enfermagem, porem não foi um consenso visto que para muitos não foi
justo com o enfermeiro que apesar de tamanha responsabilidade a diferencia
salarial em relação ao técnico de enfermagem e de trinta por cento.
Desemprego pela
crescente saturação no mercado de trabalho e outro desafio aos profissionais da
enfermagem, maior ainda para o enfermeiro. E notório a expansão de faculdades
de enfermagem que para disputar alunos cobram mensalidades baixas, oferecem
cursos de graduação semi presencial, com qualidade duvidosa que apenas serve
para engrossar o numero de profissionais que após formado em busca de emprego
aceita qualquer condição salarial e condições de trabalho. Com tantos desafios,
falta de reconhecimento profissional, agressões e desrespeito no ambiente de trabalho
a pergunta que fica é: ainda vale apena cursar enfermagem?
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